Internacional Procurador-geral dos EUA diz que não há racismo enraizado na polícia

Procurador-geral dos EUA diz que não há racismo enraizado na polícia

Numa entrevista, o procurador-geral dos EUA reconheceu que historicamente as instituições norte-americanas foram explicitamente racistas, mas que esse não é o caso atual na polícia do país.

O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, disse este domingo que não há racismo sistémico no seio das autoridades norte-americanas, numa altura em o país completa a segunda semana de protestos diários contra a violência policial sobre os cidadãos afro-americanos, depois da morte de George Floyd às mãos de quatro agentes da polícia da cidade de Minneapolis.

Numa entrevista à estação norte-americana CBS, William Barr negou a existência de racismo estrutural na polícia dos EUA. “Penso que ainda há racismo nos Estados Unidos, mas não acredito que o sistema policial seja sistematicamente racista. Compreendo a desconfiança da comunidade afro-americana, dada a história deste país. Temos de reconhecer que, durante grande parte da nossa história, as nossas instituições foram explicitamente racistas”, disse Barr.

“Desde a década de 60, penso que estamos numa fase de reformar as nossas instituições e de assegurar que elas estão em sintonia com as nossas leis e que não estão a lutar na retaguarda para impor desigualdades”, acrescentou William Barr, defendendo que esta reforma “é uma tarefa difícil”, mas que “está a funcionar e tem havido progressos”.

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Porém, questionado sobre se concordaria com o levantamento da imunidade policial para permitir a investigação a casos de discriminação racial, Barr recuou. “Não penso que tenhamos de reduzir a imunidade para ir atrás dos polícias maus, porque isso significaria certamente uma retirada da polícia. O policiamento é o trabalho mais difícil do país”, disse.