Um total de 58 funcionários do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), incluindo quadros de diversas instituições tuteladas pelo Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), beneficiou, recentemente, em Maputo, de uma formação sobre auditoria interna e detecção de fraudes ou irregularidades.
Enquadrado no âmbito do Plano de Formação de 2018 do INSS, o curso, que teve uma duração de cinco dias, teve por objectivo dotar os funcionários de ferramentas que lhes possibilitem detectar com facilidade casos fraudulentos.
De acordo com Daniel Clemente, chefe do Departamento de Recursos Humanos do INSS, a formação, que envolveu funcionários das áreas de administração e finanças, auditoria, contas correntes e inspecção, decorre da recente detecção e suspensão de 1.097 casos de irregularidades processuais, no decurso do processo de migração digital da informação de pensionistas para uma base de dados.
Durante a formação, orientada pela Inspecção Geral das Finanças, os promotores do evento solicitaram à Comissão Interministerial para a Promoção do Segredo do Estado a introdução do módulo sobre informação classificada do Estado.
“Esta iniciativa visava dotar os participantes de elementos essenciais a ter em conta no tratamento de toda informação classificada do Estado, pois, geralmente, os funcionários têm estado a partilhar documentos classificados por telemóveis, o que é contrário à lei”, explicou o chefe do Departamento de Recursos Humanos do INSS.
Pretende-se com esta formação, segundo realçou Daniel Clemente, evitar a ocorrência deste tipo de situações de risco, porque não fazem parte da conduta dos funcionários públicos: “A lei proíbe esta prática, uma vez que a informação de carácter restrito só pode ser partilhada após uma prévia autorização”, frisou.
Em jeito de balanço, Daniel Clemente considerou terem sido alcançados os objectivos preconizados, uma vez terem sido partilhadas questões relativas ao risco que se tem registado em casos de fraude.
“Os funcionários beneficiários da formação mostraram-se satisfeitos por estarem agora munidos de ferramentas que lhes vão auxiliar em processos de auditoria interna e detecção de fraudes, que antes não tinham”, indicou, ajuntando que “preparamos, deste modo, quadros para lidarem com os desafios da instituição nos próximos tempos”.
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