O actual modelo de exportação de madeira em vigor em Moçambique vai ser alterado por se considerar que é lesivo dos interesses do Estado e dos próprios operadores do ramo, afirmou o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural num encontro realizado em Maputo.
O ministro Celso Correia disse que ao abrigo do novo modelo haverá a criação de uma entidade capaz de regular a exportação de madeira de modo a garantir a sua gestão de forma sustentável, tendo para viabilizar a discussão e eventual aprovação do novo mecanismo sido alargado por três meses, até 1 de Julho, o período de veda no abate de árvores.
“Trata-se de uma decisão que se pretende seja transitória até termos uma indústria florestal consolidada”, disse o ministro, que acrescentou estar convicto de que o novo modelo permitirá aumentar dos actuais 20 milhões de dólares para 140 milhões de dólares a receita fiscal do Estado decorrente da exploração florestal.
Celso Correia pretende ainda eliminar a exploração florestal em regime de Licenças Simples para, de seguida, criar uma cadeia de valor completa, cujo pacote incluirá o repovoamento florestal, tendo em vista conceber um sector de florestas completamente diferente nos próximos dois anos.
O ministro adiantou que caso um novo modelo não seja adoptado, Moçambique corre o risco de, nos próximos anos, igualar-se à Tanzânia onde já não se corta madeira e Madagáscar onde uma das espécies comerciais mais procuradas desapareceu.
As propostas apresentadas pelo ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural foram feitas no decurso da terceira Reunião Nacional de Operadores Florestais Madeireiros, de acordo com a agência noticiosa AIM.
Macauhub