Segundo o Informe Geral da Procuradora Geral da República, Beatriz Buchili, pelo menos 74 moçambicanos encontram-se detidos fora do país em conexão com o tráfico de drogas, sendo que o Aeroporto Internacional de Maputo é tido como corredor de trânsito de estupefacientes provenientes do estrangeiro.
Falando esta quarta-feira na sua primeira aparição no parlamento com propósito de apresentar o informe sobre a justiça nacional, Buchili, salientou que para fazer face a este tipo de criminalidade, promoveu e realizou acções de capacitação dentro e fora do país, de magistrados do Ministério Público e Inspectores da polícia, bem como foram desenvolvidas actividades de intercâmbio e troca de experiências em matéria de justiça criminal, crime organizado e de prevenção.
Para a procurada, essas acções trouxeram resultados encorajadores na luta contra este tipo de criminalidade e que pretende intensificar actividades do domínio.
De acordo com o mesmo dispositivo, o Aeroporto Internacional de Maputo/Mavalane continua a ser usado como um dos pontos de entrada ou trânsito de estupefacientes provenientes do estrangeiro, maioritariamente do Brasil e Paquistão.
“Em conexão com os crimes de tráfico e consumo ilícito estupefacientes e substâncias psicotrópicas foram detidos 385 cidadãos, contra 200 em igual período do ano anterior. 30 cidadãos foram detidos no Aeroporto Internacional de Maputo, dos quais 21 transportavam a droga no estômago e 9 em fundos falsos de malas e pastas”, referiu Buchili.
Como resposta a PGR, instaurou 394 processos-crime, contra 202, em igual período anterior (2013), 348 acusados, 134 julgados, 10 despachos de abstenção exarados e 36 encontram-se em instrução preparatória.