O Banco de Moçambique (BM), efectuou no presente ano, a transição do padrão Basileia I para II, sendo que nestes primeiros 11 meses da sua implementação, o sistema bancário nacional registou resultados positivos apesar das dificuldades e desafios que a instituição central financeira enfrentou na sua prossecução.
Depois do período de preparação para a transição, em Janeiro de 2014, o BM iniciou a implementação efectiva dos critérios de Basileia II, em conformidade com o estabelecido no Aviso n.º 03/GBM/2012. A adopção destes critérios impôs ao sistema bancário um conjunto de desafios em termos de organização e classificação de informação para efeitos de reporte prudencial.
Para além de alterações de ordem metodológica na computação dos riscos financeiros, fundos próprios e rácio de solvabilidade, os normativos aprovadas no âmbito da transição também trouxeram alterações nos modelos de reporte. “Notamos que os pilares II e III de Basileia II carecem de especial atenção por parte das administrações das instituições de crédito, visto que a sua implementação exitosa requer adequados investimentos nos requisitos que esses pilares demandam”, concluiu Gove enfatizando que, volvidos cerca de onze meses de implementação efectiva, uma parte destes desafios foi já ultrapassada, o que se tem reflectido na apresentação de uma informação prudencial cada vez mais consentânea com as novas regras.
Ao nível da implementação da metodologia de supervisão focalizada no risco, introduzida pelo Aviso nº 04/GBM/2013, de 24 de Maio, o BM realizou ao longo do ano quatro (4) inspecções a igual número de instituições, cujos resultados evidenciam um certo comprometimento da gestão das instituições de crédito em cooperar com a autoridade de supervisão, traduzindo-se num sinal encorajador para a prossecução destes desafios.