Com o objectivo de adoptar a qualificação e profissionalização dos educandos, Augusto Jone, Ministro da educação, procedeu sexta-feira (31) última ao lançamento da primeira pedra para a construção do edifício onde vai funcionar o órgão regulador do ensino profissional no país, isto é, a Autoridade Nacional da Educação Profissional (ANEP).
Para o efeito, serão canalizados nove (09) milhões de dólares norte americanos, correspondente a 270 milhões de meticais e acrescidos a este valor um montante de 300 mil dólares, o que vale dizer, nove milhões de meticais, destinados à fiscalização. Estes valores são canalizados a ANEP, que é um produto financiado pelo Governo de Moçambique, através do Fundo de Apoio ao Sector da Educação.
Na verdade, segundo o titular da pasta da educação, trata-se do inicio da construção do órgão regulador da Educação profissional (EP), instalado no Distrito de Marracuene, Província de Maputo, cuja sua administração irá integrar, de forma participativa, o Governo, os empregadores, os sindicatos e a sociedade civil, em todos os processos de tomada de decisão, inerentes a gestão e financiamento deste sector em Moçambique.
Augusto Jone, Ministro da Educação e Presidente da Comissão Executiva da Reforma da Educação Profissional (COREP), diz que será neste edifício que funcionará o Fundo Nacional da Educação Profissional (FNEP). Trata-se de um novo mecanismo de financiamento deste sistema de educação, o qual, para além do Estado, contará com a contribuição financeira do sector empresarial.
“Ao promovermos o envolvimento activo do sector produtivo, na Educação Profissional, estamos, portanto, a transformar o tradicional sistema de educação baseado na oferta, para outro orientado pela procura do mercado de trabalho. Estamos a introduzir, nas nossas instituições, um novo paradigma de EP, através do desenvolvimento de um currículo baseado em padrões de competências, que são determinadas pela dinâmica do mundo laboral e da economia”, disse Jone.
Igualmente, a nova abordagem de EP permite, aos estudantes e formandos, entradas flexíveis para a aquisição e aprofundamento de competências e saída, também flexíveis, para a vida laboral na perspectiva de aumentar as possibilidades de empregabilidade dos cidadãos, quer seja, no sector formal, quer seja, pela via de auto-emprego.
E por sua vez, o Director do Secretariado da COREP, Edmundo Jossefa, acrescentou que o programa de Reforma da Educação Profissional no país, visa assegurar a valorização do Capital Humano em Moçambique, pela via da sua capacitação para intervir mais capazmente no mercado do trabalho, dominando os instrumentos e tecnologias de produção.
“Assim, ao atingir níveis de eficácia e perfeição cada vez mais elevados na cadeia de produção, a força de trabalho nacional, qualifica-se para competir num mesmo plano de igualdade com os outros profissionais da região tornando-se uma referência obrigatória para todos os sectores vitais da economia nacional e regional”, testemunhou Jossefa.