Economia EDM cresce sete por cento

EDM cresce sete por cento

A Electricidade de Moçambique, E.P. registou um crescimento de sete por cento no consumo de energia eléctrica no país, no ano passado, conforme revelou o presidente do Conselho de Administração da empresa, à margem da Reunião de Balanço das Actividades de 2013, ocorrida há dias em Maputo.

No encontro anual, que reuniu todos os gestores da empresa, administradores, assessores do Conselho de Administração, directores centrais, directores de produção e de transporte, directores de áreas de serviço ao cliente e alguns quadros, foram abordados vários aspectos relativos à qualidade da energia fornecida aos clientes, novas fontes de produção e recursos humanos.

O crescimento da empresa foi acompanhado pelo aumento do número de clientes, que passou de 1,140 milhões, em Dezembro de 2012, para cerca de 1,260 milhões, em 2013, o que permitiu o incremento da taxa de acesso à energia eléctrica de 24 para 26 por cento.

“A nossa meta, nesta vertente, era atingir 25 por cento, mas acabámos por ultrapassá-la em um por cento”, referiu Augusto Fernando, presidente do Conselho de Administração da EDM.

A electrificação dos distritos constituiu igualmente um dos pontos de destaque no desempenho da empresa no ano passado: “Em 2012, fechámos o ano com 109 distritos electrificados e em 2013 com um total de 120 distritos, faltando apenas oito por electrificar no presente ano”, explicou Augusto de Sousa Fernando, acrescentando que existem projectos em curso na perspectiva de que, até Dezembro deste ano, todos os distritos estejam ligados à rede nacional de energia.

Entretanto, a empresa continua a enfrentar uma grande limitação na sua capacidade de fornecimento de energia, vendo-se obrigada a adquirir energia fora do país para suprir as necessidades de consumo, o que representa um custo muito grande.

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“Em 2012, gastámos cerca de 75 milhões de dólares na importação de energia, contra 81 milhões em 2013, valores que incluem taxas de trânsito de energia para África do Sul, entre outros aspectos”, disse o presidente do Conselho de Administração.

Em contrapartida, nesse mesmo período registou-se uma redução em 21 por cento na exportação de energia, devido ao aumento do consumo interno.

Preocupa ainda a empresa, segundo referiu Augusto Fernando, o nível das perdas de energia: “Podemos dizer que tivemos um grande avanço neste aspecto, porque, em 2012, tivemos perdas totais de 24 por cento e, em 2013, baixámos um por cento, o que é um ganho muito grande”, realçou.

Augusto Fernando declarou ainda: “Em termos de ponta de consumo, passámos, em 2012, de 706 megawatts para 761, um crescimento em oito por cento, que não podia ir além devido a alguns constrangimentos nos sistemas”.

No que respeita ao projecto Credelec Online, a EDM regista uma taxa de 84 por cento de clientes ligados a este sistema, cobrindo já toda a região sul do país, com perspectiva de estender o sistema para o Norte até Junho próximo.

“Estamos a operar com uma rede que está praticamente no limite das suas capacidades e precisamos de fazer trabalhos de manutenção, para garantir o fornecimento adequado de energia, numa altura em que não dispomos de donativos ou fundos concessionais”, indicou, lamentando ainda as atribuições de terrenos em espaços reservados à EDM, o que dificulta o desenvolvimento de projectos de melhoria da rede.