A economia moçambicana cresceu 6,5% no primeiro semestre do ano, indica um balanço do Plano Económico e Social-2013, salientando que os resultados foram prejudicados pelas cheias, conflitos na zona centro do país, atrasos no desembolso dos doadores e greve dos médicos.
De acordo com uma análise do documento hoje apresentado na 14ª. sessão do Observatório de Desenvolvimento, realizada em Maputo, a agricultura, constitucionalmente definida como a base de desenvolvimento do país, registou um crescimento de 6,7% em relação ao período homólogo do ano anterior.
O sector que mais cresceu foi o relacionado com os serviços, tendo apresentado valores na ordem dos 9,2%.
Para o ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique, Aiuba Cuereneia, os dados recolhidos permitem “trilhar com segurança o alcance da meta do crescimento económico” para o país.
Falando no encontro do Observatório de Desenvolvimento, uma plataforma da sociedade civil moçambicana, Aiuba Cuereneia adiantou que “as exportações totais de bens se situam em 995,9 milhões de dólares (748 milhões de euros), representando cerca de 25% da meta” estabelecida pelo Governo para 2013.
As reservas internacionais líquidas atingiram o valor de 2.296 milhões de dólares, (1.726 milhões de euros)”, o suficiente para assegurar 5,3 meses de importações de bens e serviços”, acrescentou o governante.
Contudo, o contributo do sector da electricidade na economia moçambicana reduziu 22%, enquanto o da silvicultura registou um crescimento negativo de 3,7%, referem os dados hoje apresentados.
Recentemente, o Governo moçambicano reviu em baixa o crescimento da economia deste ano, para 7,4%, contra 8,4% anteriormente previsto para o exercício económico de 2013, resultante do impacto das calamidades naturais de Janeiro.
“Para o exercício económico de 2013 prevíamos que o crescimento se situasse em 8,4%, mas, como resultado das calamidades naturais que assolaram o país ao início do ano, este crescimento foi revisto em baixa, prevendo-se que se situe em 7,4%”, disse em Julho o ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang.