Economia Açúcar no Búzi: Nova fábrica orçada em 240 milhões de dólares

Açúcar no Búzi: Nova fábrica orçada em 240 milhões de dólares

O Projecto de instalação de uma nova indústria com tecnologia de ponta visando a retomada da produção de açúcar pela Companhia do Búzi, em Sofala, necessita de um investimento na ordem de 240 milhões de dólares norte-americanos.

Mas, segundo o administrador da região, Tomé José, as várias negociações sobre tal intenção não têm surtido o efeito desejado.

Trata-se de um projecto de construção de uma nova fábrica na zona de Mawerengue que já se encontra totalmente demarcada e inclusivamente montado um marco de identificação das futuras instalações fabris.

“O que sabemos é que eles (accionistas da Companhia do Búzi) apresentaram-nos um cronograma de actividades que, primeiro, passava pela restauração dos campos de cultivo que já atingiu a cifra de 60 hectares mas neste momento a cana-de-açúcar é vendida à Açucareira de Moçambique, em Mafambisse, no Dondo” –explicou Tomé José.

Adiantou que enquanto estão a ser restaurados os campos estariam igualmente a angariar mais recursos para a construção da fábrica.

“É esta parte que está a ficar difícil porque o valor disponível é irrisório, havendo necessidade de assinatura de um acordo de entendimento com outros investidores que ainda estão a negociar” –clarificou o administrador do Búzi.

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Frequentemente, os habitantes do Búzi confrontam o Governo com a necessidade de reactivação da produção de açúcar, sendo que uma das maiores consequências da inactividade da fábrica é o engrossar do “exército” de desempregados na região.

Em tempos idos, a Companhia do Búzi foi o principal cartão-de-visita daquele distrito que dista 150 km da cidade da Beira. No período de pico da produção chegava mesmo a empregar entre cinco mil e oito mil trabalhadores, entre permanentes e sazonais.

Com esta falência diminuiu consideravelmente o poder de compra da população e baixou significativamente o volume de venda basicamente dos produtos da primeira necessidade na zona.
Hoje, praticamente, todos os habitantes do Búzi sobrevivem do emprego informal e da Função Pública, numa região potencialmente pesqueira, pecuária e agrícola.