Sociedade Meio Ambiente Privados vão continuar na provisão de água – diz Cadmiel Muthemba

Privados vão continuar na provisão de água – diz Cadmiel Muthemba

O facto foi dado a conhecer ontem, em Maputo, pelo Ministro das Obras Públicas e habitação, Cadmiel Muthemba, de visita a província de Maputo desde quarta-feira, numa altura em que está em curso um programa de emergência de construção de 11 furos de água, tendo em vista levar o precioso líquido para bairros ainda não servidos pela rede pública.

“Vamos continuar a trabalhar com o sector privado no abastecimento de água. Temos sistemas do FIPAG que estão a ser geridos por privados e com estes que estamos a construir no âmbito do plano de emergência também vamos alocar a gestão privada. Estamos a trabalhar com eles normalmente não vamos nos desviar daquilo que é o programa do governo”, disse.

Cadmiel Muthemba disse, referindo-se a uma carta que os provedores de água privados dirigiram ao MOPH solicitando maior abertura para a sua participação na provisão do precioso líquido, que “não funcionamos com base em pressões de nenhuma ordem. Temos um plano de trabalho. A participação do sector privado no abastecimento de água é política do governo e não vai parar por aqui”, disse.

Os operadores privados da área metropolitana de Maputo paralisaram, nos princípios de Julho, por dois dias, o abastecimento de água a população alegando vandalização dos seus sistemas no processo da expansão da rede pública, levado acabo pelo Fundo para o Investimento de Abastecimento de Água (FIPAG. Na mesma altura solicitaram uma indemnização pelos investimentos por eles efectuados nas áreas onde já foram aprovados projectos, tal como manda a Lei de Águas em vigor no país.

Neste momento, o Estado está a expandir a rede pública de água para zonas onde, tradicionalmente, os pequenos operadores privados é que assumem o seu papel de prover água aos seus cidadãos.

A construção dos 11 furos, um dos quais visitado ontem por Muthemba, decorre em Ndlavela, Zimpeto, Guava, Mateque, Samora Machel, Magoanine A e C, 1º de Maio e no Km 15. O reforço abrangerá os furos em funcionamento no 1º de Maio, Ndlavela, São Dâmaso, Albasine, Magoanine B e Zimpeto.

As fontes terão gestão privada, tal como acontece com as primeiras 16 abertas pelo FIPAG. O programa envolve também a reactivação de fontanários públicos abandonados.

Muthemba visitou ainda as obras em curso no “drift”sobre o rio umbeluzi, em Boane, que a partir de finais do próximo mês voltará a garantir a ligação, intyerrompida em 2012, com o sul da província de Maputo, nomeadamente para locais como Matutuíne e Goba. As obras, avaliadas em 40 milhões de meticais, decorrem desde Março último.

Com efeito, o empreiteiro está neste momento a finalizar alguns trabalhos na estrutura assim como reforçar as áreas adjacentes com betão.

O delegado da Administração Nacional de Estradas na província de Maputo, Inácio Alfinete, disse à nossa Reportagem que as obras surgem no contexto das cheias 2011/2012. Antes havia uma estrutura de aquedutos que colapsou devido a idade que está a ser substituída por uma estrutura de betão.

Com a nova estrutura, aumenta a capacidade de vasão das águas para o dobro em relação a anterior que tinha 20 aquedutos de diâmetro de dois metros sendo que esta tem 26 de maior dimensão e está concebida para acomodar um pico de cheia e ser galgado sem provocar danos.

O Ministro das Obras Públicas indicou que esta intervenção não estava prevista porque vai ser construída ali uma ponte em betão no âmbito da Estrada Boane/Bela Vista.

Ainda ontem testemunhou os ensaios em curso de matérias de baixo custo no revestimento de estradas rurais desta feita envolvendo cinco quilómetros da estrada rural 407/cruzamento com a Rural 400, em Changalane.