Economia Mega-projectos impulsionam negócios

Mega-projectos impulsionam negócios

Hoje, a cidade de Tete e a vila de Moatize estão a conhecer uma crescente implantação de estabelecimentos comerciais, trazendo empreendedores e investimentos de vários pontos do globo onde a procura de oportunidades de negócios já está a tomar conta dos espaços vazios e até gerando alguns conflitos com os naturais na sua disputa.

O comerciante mais antigo e natural da cidade de Tete, Abdul Gafar Bega, disse ao nosso jornal que a vinda de mais investidores na área de comércio não periga de forma nenhuma os naturais ou outros radicados há bastante tempo naquela parcela do país.

“Aqui há mercado para todos, por isso não há conflitos de interesses entre os comerciantes. Até porque nos últimos anos há uma grande avalanche de comerciantes estrangeiros na cidade de Tete e vila de Moatize onde estão a realizar o seu negócio na área imobiliária e na comercialização de produtos de primeira necessidade e de material de construção civil” – disse Bega.

O nosso interlocutor apontou que muitos dos agentes económicos provenientes de países vizinhos e membros da SADC estão a trazer vantagens e ganhos para a província em particular e o país em geral, através de impostos e o desenvolvimento de infra-estruturas sociais e económicas em Tete.

“Não há muita parceria entre os comerciantes. Como a nossa politica é de mercado aberto aos investidores estrangeiros, eles chegam e no âmbito da SADC investem directamente com o seu capital em vários domínios comerciais por isso não tenho visto muita parceria neste aspecto” – disse a nossa fonte.

Recomendado para si:  Governo assegura que funcionários fantasmas não constituem encargo para o Estado

Abdul Bega referiu-se ainda que alguns dos investidores como é o caso dos chineses e outros asiáticos estão a impulsionar o comércio rural com a sua instalação em alguns dos distritos, como são os casos do planalto de Angónia-Marávia, Cahora-Bassa, Changara, Moatize e Mágoè.

“A província é extensa e há mercado e espaço para todos. Aquilo que nós, naturais, não colocamos à disposição da população, eles trazem o que contribui para o melhoramento do negócio em termos de diversificação de mercadoria assim como do preçário” – acrescentou Gafar Bega.

Para um melhor entrosamento entre os comerciantes, segundo Gafar Bega, há uma necessidade de reactivação da Associação Comercial de Tete, onde serão enquadrados todos os agentes económicos envolvidos no ramo de comércio naquela região do país.

“A Associação Comercial de Tete existiu mesmo antes da independência nacional só que não está reactivada. No seu lugar nasceu a Associação dos Agentes Económicos, estrutura que não funciona devidamente o que está a contribuir para a dispersão dos empresários” – disse Bega.

O nosso entrevistado acrescentou que o actual molde de funcionamento da Associação dos Agentes Económicos de Tete não engloba a todos os investidores em várias áreas de negócios na província e não realiza encontros periódicos com os seus associados para ultrapassar uma série de insatisfação que reina no seu seio.

Noticias