O corpo da vítima foi visto cerca das 6.00 horas por vizinhos e sem sinais aparentes de agressão ou violação sexual. Ao que apuramos, o caso deu-se pouco depois das 23.00 horas quando a vítima regressava da escola e foi interpelada por um grupo de malfeitores que se apoderou dos seus bens de que na altura era portador.
Alcinda Mucavel, vizinha e amiga da malograda, conta que o primeiro sinal de que qualquer coisa não estava bem foi ter encontrado a carteira da Carla no chão quando caminhava em direcção à paragem a fim de tomar o autocarro, como era habitual.
“Depois de me preparar para ir ao serviço, liguei para que fossemos juntas, como era habitual, mas o telefone dela não chamava. Fui caminhando em direcção à paragem, mas só que há 200 metros da casa dela, vi a carteira dela no chão sem nada e a seguir o corpo estatelado à entrada do quintal”, narra Alcinda.
No local onde o corpo foi encontrado, havia sinais de a vítima ter caído morta após oferecer resistência a alguma acção. A irmã da finada, Regina Muiambo, acredita que os bandidos a tenham sufocado até perder a vida.
Vizinhos dizem não terem ouvido gritos, num caso que se deu num bairro, onde os moradores se queixam da falta de segurança nos últimos dias.
Os residentes daquela zona contam que o índice de criminalidade aumentou e que os agentes da lei e ordem não têm sido capazes de controlar o fenómeno. Em pouco menos de um mês, seis viaturas foram roubadas e duas residências assaltadas em dois quarteirões daquele bairro.
“Os roubos têm acontecido com frequência. Os meliantes fazem tempo numa barraca próxima do quarteirão, à espera que as vítimas recolham para começar a actuar. Em menos de quatro semanas perdemos viaturas e electrodomésticos e agora aconteceu este caso de homicídio”, referiu a amiga da finada.
Entretanto, a Polícia, através do porta-voz do Comando Provincial em Maputo, Emídio Mabunda, disse ao fim da manhã de ontem que ainda não possuía informações sobre as circunstâncias em que Carla Muiambo encontrou a morte, mas garante que o caso será esclarecido a breve trecho.
“Há um trabalho que a corporação está a fazer com vista o esclarecimento do caso e para se conhecer os possíveis autores do crime e responsabilizá-los pelos seus actos.”, garantiu o porta-voz da Polícia a nível do Comando Provincial de Maputo.
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