A directora provincial de Saúde, Carla Mosse Lázaro, disse há dias em Banga, distrito de Tsangano, que o centro de saúde local recentemente inaugurado vai introduzir o tratamento anti-retroviral para atender as comunidades residentes em sua volta.
“Esta unidade sanitária possui todos os itens para a prestação de todo tipo de cuidados sanitários às comunidades. Para além de triagem, maternidade, PAV, farmácia, possui ainda um laboratório e água e energia permanente, condição essencial para o tratamento anti-retroviral” – disse Carla Mosse Lázaro.
Nos últimos dois anos, as autoridades sanitárias de Tete expandiram o tratamento aos doentes padecendo do HIV/SIDA nos centros de saúde nas localidades de Inhangoma, distrito de Mutarara, Chinvano, em Angónia, Nzadzu e Vila Mwaladzi, no distrito de Chifunde, Mavudze Ponte, Cateme, em Moatize, Ntengo Wambalame, em Tsangano, bem como em Dzunga e Missawa e no distrito de Changara.
“Para acompanhar esta acção, os técnicos da saúde estão empenhados na reciclagem e treinamento de activistas nas comunidades para serem os multiplicadores de informação sobre o teste de HIV/SIDA e promover a criação de grupos para educadores de pares sobre saúde sexual reprodutiva e HIV/SIDA”- referiu a nossa fonte.
Aquela gestora da área da saúde assegurou à nossa Reportagem que com a expansão do tratamento de anti-retroviral a província registou até finais de 2012, um número de 3.242 novas pessoas, elevando deste modo para um cumulativo de 17.577 beneficiários do tratamento anti-retroviral em toda a província.
“A província nos últimos dois anos está a notificar uma redução em 3 por cento do número de casos de SIDA notificados, tendo passado de 1.773 casos, em 2011, para 1.720, em 2012. O número de óbitos reduziu em 20,7 porcento, ao passar de 435 mortos, em 2011, para 345, em 2012”- revelou a directora provincial da Saúde, em Tete.
Relativamente a outras doenças endémicas que mais preocupam as autoridades governamentais do país como a malária e doenças diarreicas, a província de Tete está a registar uma ligeira redução devido ao intenso trabalho preventivo levado a cabo pelas instituições sanitárias em colaboração com as comunidades, orientadas pelos seus respectivos líderes comunitários que estão a prestar um apoio positivo na sensibilização e mobilização da população para a sua aderência massiva nas campanhas de prevenção de doenças.
“Estamos de ano para ano a registar uma participação massiva das comunidades durante as campanhas de sensibilização para a construção e uso correcto de latrinas, coloração da água e lavagem correcta das mãos o que permite que a província nos últimos dois anos não regista a eclosão do surto de diarreias ou cólera” – disse Carla Mosse.
Tete conta actualmente com uma rede sanitária constituída por 110 estabelecimentos, sendo um hospital provincial, três hospitais rurais e 106 centros de saúde cobertos por cerca de 60 médicos, 34 dos quais encontram-se colocados em todos os distritos com maior destaque para Angónia, Moatize e Cahora-Bassa em que há mais do que um médico.
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