Capa Moçambique passa a beneficiar de inovador medicamento semestral contra o HIV

Moçambique passa a beneficiar de inovador medicamento semestral contra o HIV

O governo dos Estados Unidos anunciou a aprovação de um novo medicamento para o tratamento do HIV, que será disponibilizado em apenas 10 países, incluindo Moçambique. 

Trata-se de uma solução injectável, a ser administrada a cada seis meses, proporcionando aos pacientes uma alternativa que simplifica significativamente o regime de tratamento.

A informação foi revelada pelo Presidente da República, Daniel Chapo, durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque, onde fez o balanço da sua participação na 80ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas. O Chefe de Estado expressou a sua satisfação pela introdução deste medicamento, que permitirá aos pacientes evitar a rotina diária de ingestão de comprimidos.

“Este medicamento irá possibilitar que os nossos irmãos, ao invés de tomarem comprimidos todos os dias, possam ser tratados com uma injecção semestral,” afirmou Chapo, destacando a importância desta inovação face ao actual regime de tratamento que implica a utilização de um cocktail diário de medicamentos.

O Presidente agradeceu ao governo norte-americano pela colaboração e reafirmou que a inclusão de Moçambique entre os países beneficiados representa um avanço significativo na luta contra a epidemia do HIV. “Este novo tratamento marca um passo importante e oferece uma alternativa mais prática e eficiente para os pacientes em tratamento no nosso país,” sublinhou.

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Moçambique ocupa a terceira posição ao nível mundial em termos de prevalência do HIV, e o segundo lugar em novas infecções. De acordo com dados do Inquérito Nacional sobre o Impacto do HIV e SIDA (INSIDA 2021), a prevalência entre adultos com mais de 15 anos é de 12,5%, sendo mais elevada nas mulheres (15%) que nos homens (9,5%) da mesma faixa etária. Embora esses números representem uma redução em comparação aos 13,2% reportados em 2015, as províncias de Gaza e Zambézia destacam-se por apresentar taxas de prevalência superiores a 15%.

A introdução deste novo medicamento poderá, assim, constituir um marco na melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV em Moçambique e na luta contínua contra a epidemia.