Economia EUA pondera intervir no sector energético em Moçambique

EUA pondera intervir no sector energético em Moçambique

Carlos Pascual, que é igualmente embaixador e enviado especial do Departamento de Estado dos EUA, falava a jornalistas no final de uma visita que vinha efectuando ao nosso país desde o passado dia 3, com o objectivo de dialogar com o Governo, empresários locais, organizações da sociedade civil e organizações empresariais norte-americanas sobre a forma como Moçambique pode aproveitar melhor as descobertas de energia e gás natural para um desenvolvimento sustentável.

“Moçambique está a atravessar uma fase muito importante com a descoberta dos recursos naturais e o principal foco é alargar os benefícios que a população pode ter, particularmente no que respeita à expansão da rede eléctrica para mais pessoas”, disse.

Segundo o enviado, para aquele fim existe a necessidade de se identificar formas para se estabelecer parcerias com o sector privado.

“Moçambique já tem feito um trabalho ao nível interno com outras empresas; sabemos que há a primeira e a segunda fase do projecto de Mphanda N’kuwa; a expansão da energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, entre vários outros projectos, incluindo no sector das energias hídricas, onde Moçambique tem um potencial em abundância. A grande intenção é fazer, agora, com que a energia eléctrica chegue a todas partes do país e precisamos, então, de manter um diálogo contínuo com o sector privado e com o Governo”, frisou.

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O diplomata norte-americano afirmou ainda que o diálogo com as autoridades moçambicanas está ainda numa fase embrionária, realçando que “é importante reconhecermos que são investimentos que podem ascender milhões de dólares, mas o que é preciso saber agora é como é que poderemos envolver o sector privado em cooperação com o Governo, pois esses debates é que culminarão com a expansão da energia”
“Outro aspecto que é preciso salientar é que Moçambique tem um enorme potencial em hidrocarbonetos e também é preciso olhar a forma da sua exploração. O país tem neste momento um potencial mercado na Ásia, particularmente para países como Indonésia, China, Japão, Índia e muitos outros, mas o alcance bem sucedido desses mercados depende muito da seriedade dos projectos que devem ser esboçados nesta primeira fase”, afirmou.

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