Internacional Duplo atentado em Tripoli fez 30 mortos e 500 feridos

Duplo atentado em Tripoli fez 30 mortos e 500 feridos

Há 30 mortos e 500 feridos após um atentado duplo em Tripoli, a segunda maior cidade libanesa. Duas bombas explodiram com um intervalo de cinco minutos junto à porta de duas mesquitas no centro da cidade, onde costumam pregar oradores salafistas, fazendo discursos contra o Presidente sírio Bashar Al-Assad.

Uma das bombas explodiu em frente da mesquita Al-Taqwa, que é dirigida por Salem Rafii, um dos mais proeminentes líderes sunitas do Líbano. Um segundo engenho explodiu cinco minutos depois no exterior da mesquita al-Salam, no bairro de Mina, também no centro de Tripoli.

Salem Rafii é um dos proeminentes líderes sunistas no Líbano, diz a BBC. Tem-se destacado pela oposição ao Hezbollah – que apoia declaradamente Assad na guerra civil na Síria. Não é ainda claro se estaria ou não na mesquita Al-Tawqa no momento do ataque.

Espessas nuvens de fumo envolveram o local da explosão. Houve muitos carros destruídos, pessoas em pânico tentando ajuda os feridos – e há fotografias de pelo menos um corpo carbonizado. O ministro da Saúde do Líbano confirmou que “a devastação é grande” no centro a cidade. Muitos feridos estão em estado grave, com ferimentos na cabeça, disse à AFP Georges Kettané, director de operações da Cruz Vermelha no Líbano.

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Este é o maior atentado desde o fim da guerra civil no Líbano, em 1990.

Nenhum grupo reclamou ainda responsabilidade pelo ataque. Segundo a Al-Jazira, as autoridades indicaram que o ataque poderá ter sido planeado pelo mesmo grupo que esteve por detrás de uma explosão num subúrbio xiita de Beirute, na semana passada.

As tensões sectárias em Tripoli, a segunda maior cidade do Líbano, têm vindo a ser agravadas por causa da guerra civil da vizinha Síria. Com uma população de cerca de 200 mil pessoas, a cidade é maioritariamente sunita, mas alberga uma comunidade alauita, um secto xiita que se mantém fiel ao seu aliado sírio Bashar al-Assad.

O Governo libanês destacou uma unidade do Exército para assegurar a segurança da cidade em Junho do ano passado, mas a presença dos militares não tem evitado os confrontos entre grupos armados nas ruas.