Joseph Ribeiro, que falava durante o lançamento da Estratégia do BAD para o Continente Africano no período 2013-2022, explicou que aquela instituição financeira multilateral iniciou as suas operações em Moçambique em 1997, estando desde então a investir em infra-estruturas de transportes, abastecimento de água e saneamento, electrificação rural, irrigação agrária, escolas, hospitais, assim como no apoio orçamental, num montante total estimado em 2300 milhões de dólares norte-americanos.
“Esta tendência de investimentos vai continuar nos próximos anos e está consagrada na Estratégia 2013-2022, num esforço em proporcionar um crescimento inclusivo e verde, que é o principal objectivo da presente estratégia”, disse.
Segundo a fonte, a indústria extractiva, através de financiamento directo ao sector privado, tem estado também a beneficiar dos fundos do Banco, sendo de destacar o financiamento dos primeiros megaprojectos na área dos recursos minerais e gás natural, o que impulsionou o crescimento desta indústria, que tende a desenvolver-se ainda mais nos próximos anos.
“Outra área de importância particular para Moçambique e que ocupa um lugar de destaque na estratégia é a integração regional, o que permite ao país capitalizar a sua localização geográfica e o seu potencial de provedor de serviços, em particular os de transporte”, frisou.
Intervindo na mesma ocasião, o secretário permanente do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD), Salimo Valá, afirmou haver uma “comunhão de propósitos estratégicos entre o Governo de Moçambique e o BAD, o que tem permitido o aprofundamento da nossa parceria”
“Em Abril de 2012 tivemos a oportunidade de contribuir para a finalização desta estratégia, cujo objectivo é orientar as acções do BAD no Continente Africano durante os próximos 10 anos”, disse Valá.
O secretário permanente do MPD realçou o facto de o BAD ter implementado de forma eficaz uma estratégia de meio-termo entre 2008 e 2012.
“Podemos ilustrar como intervenções marcantes o financiamento das obras de emergência da Barragem de Massingir; a esfaltagem da estrada Nampula-Cuamba; o programa de água e saneamento rural que abrange as províncias de Nampula e Zambézia; o programa de abastecimento de água às cidades de Lichinga e Cuamba; a reabilitação e expansão do regadio do Baixo Limpopo; e o financiamento directo ao Orçamento do Estado”, afirmou Salimo Valá.