Economia Até a próxima campanha agrícola: Machanga e Buzi livres da fome

Até a próxima campanha agrícola: Machanga e Buzi livres da fome

Machanga, que conta com universo de mais de 60 mil habitantes, e Búzi, com 180 mil, têm alimentação suficiente até à colheita da produção de próxima campanha agrícola 2013/2014, segundo garantias dadas neste sentido pelos respectivos administradores, Ana Matequite e Tomé José, num informe ao governador Félix Paulo durante uma visita de trabalho à região.

A confirmar esta versão, em vários encontros que o timoneiro de Sofala realizou semana passada em Divinhe, distrito de Machanga, Bândua e Grudja, no Búzi, todos intervenientes não fizeram qualquer menção à crise alimentar e, pelo contrário, aproveitaram a circunstância para realizar feira agro-pecuária.

Em Grudja, embora a estrada que dá acesso a zona clame pela construção de uma ponte sobre o Rio Chireze, camiões transportam, diariamente, elevadas quantidades de milho, numa zona em que a hortícola, os feijões e tubérculos existem à fartura. Estão em comercialização no Búzi mais de 48.800 toneladas de diversos produtos alimentares, destacando-se os cereais, oleaginosas, tubérculos e raízes.

Por conseguinte, o governador de Sofala declarou Grudja como “celeiro” do distrito do Búzi por abastecer até os principais centros urbanos daquela província e não só. Contudo, o governante advertiu aos camponeses para não vender toda comida sob risco de voltar a atravessar fome ainda este ano.

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Os ilhéus de Ungosso, Nharingue, Buenhe e Nhagosso sobrevivem basicamente da pesca e agricultura, enquanto na zona continental daquele posto administrativo de Divinhe a extracção de sal constitui actividade de fundo da comunidade.

Falando a jornalistas no final da visita de trabalho a Machanga e Búzi, Félix Paulo reafirmou que, de facto, até agora está garantida a segurança alimentar naqueles distritos, sendo que as iniciativas de Fundo de Desenvolvimento Distrital, vulgo sete milhões, fazem diferença na vida daquelas comunidades costeiras cujo nível de reembolso dos mutuários continua preocupante.

Tudo isto, na avaliação da nossa fonte, faz acreditar que a população daquelas regiões participa activamente na redução da pobreza, tendo aumentado o poder de compras. Multiplicam-se no terreno a construção de casas melhoradas, aquisição de bicicletas, motorizadas até viaturas.

Por outro lado, as respectivas autoridades administrativas locais foram instadas a acelerar o cumprimento das actividades projectadas para este ano, onde regista-se o assinalável crescimento dos recursos humanos e infra-estruturas.