Anualmente e a partir de 2013, segundo uma fonte daquela companhia, vão entrar naquela coutada pelo menos 100 animais.
Esta informação foi tornada pública há dias no decurso da visita do ministro do Turismo, Carvalho Muária, ao Rio Save Company, um empreendimento turístico localizado no distrito de Macossa e que constitui uma das importantes referências do turismo cinegético a nível da província de Manica.
Para além de Macossa e durante os três dias que esteve na província de Manica, o ministro do Turismo, Carvalho Muária, trabalhou no distrito de Sussundenga e cidade de Chimoio, algumas das regiões mais povoadas de empreendimentos e potencialidades turísticas a nível da província.
Falando em Macossa ao ministro Muária, o Presidente da Rio Save Company, Adamo Assane Valy, explicou ser objectivo da iniciativa aumentar e diversificar a população animal na coutada em referência e permitir que nas suas visitas, os turistas tenham mais opções e diversidade animal para a sua contemplação.
Os referidos animais, de acordo com a fonte, serão importados de uma das reservas zoológicas não identificadas da República do Zimbabwe, tendo sido concluídos os contactos para a translocação do primeiro grupo de búfalos a entrar em Macossa antes do fim deste ano.
Ainda na sua política de povoamento animal e de introdução de novas e variadas espécies, Adamo Valy disse ter já sido assinado um contrato com Parque Nacional da Gorongosa, na província de Sofala, que consiste na troca de espécies entre as duas entidades.
Com o povoamento da coutada e com o processo de introdução de novas espécies animais e protecção das existentes, a Rio Save pretende garantir também que os turistas possam ter facilidade de visualizar com os animais nas coutadas, o que outrora não era possível pelo facto de estes serem ainda poucos, como consequência da caça furtiva.
A Rio Save Company opera desde há sete anos no distrito de Macossa, sendo concessionária das coutadas quatro, cinco e nove, todas localizadas naquele distrito. Desde a sua instalação em 2006, a Rio Save Company já investiu naquela área de conservação, mais de três milhões de dólares norte-americanos.
Com este montante, de acordo com Adamo Valy, a Rio Save Company procedeu a compra de novos animais sobretudo de novas espécies, abertura de vias de acesso, zoneamento da área, construção de acampamentos, abertura de pequenas represas para o abeberamento dos animais e na compra de aparelhos de captação de energia solar que alimentam os acampamentos turísticos e outros empreendimentos da coutada.
Entre os animais adquiridos ao longo destes anos, a nossa fonte lembrou os 12 leões translocados da África do Sul, numa iniciativa que visava, entre outros objectivos, travar o ímpeto da caça furtiva, servindo os felinos como um meio para desencorajar a penetração de caçadores ilegais na área de conservação.
Para além da coutada nove, o ministro do Turismo, Carvalho Muária, visitou as coutadas quatro e cinco que estão a ser exploradas pela Rio Save Company no distrito de Macossa. Naquele último local, o governante confessou ter ficado bem impressionado pelo trabalho que vendo sendo levado a cabo pela Rio Save Company na promoção da caça desportiva, por sinal um tipo de turismo que em Moçambique está ainda numa fase embrionária.
A Rio Save Company é detida por um grupo de quatro sócios. Desde que começou a operar naquele distrito, os sócios dizem sentir-se satisfeitos pelas conquistas e resultados obtidos, por um lado, e, por outro, preocupados pelas ilegalidades prevalecentes naquela região, com maior incidência a caça furtiva e a proliferação de armadilhas para a captura de animais.
Para além da caça furtiva, o abate ilegal de árvores pelos madeireiros e a mineração ilegal nas zonas de conservação, são outros constrangimentos que minam o desenvolvimento e o bom ambiente turístico da província.
Não obstante a estas contrariedades, o representante da Rio Save Company afirmou que a instância turística que superintende já tem pés para andar. Visitam aquelas coutadas uma média de cinco turistas por mês e a cada um deles é cobrado o valor de cinco mil dólares norte-americano por uma estadia de 10 dias, que é o tempo mínimo definido por aquela instituição.
No entanto, Adamo Valy afirmou estar preocupado pelos baixos níveis de exploração do turismo sinergético na província que, na sua óptica, continua muito aquém do desejável, sublinhando que a província de Manica possui um enorme potencial no tipo de turismo em referência.
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