Esta actividade está inserida na primeira fase da preparação da área identificada para a instalação daquela infra-estrutura hidráulica.
O Regadio de Chimunda terá capacidade para 1000 hectares, dos quais 400 não vão necessitar das acções de limpeza e destronca porque constituem parte da área que era explorada, ou seja, é ocupada pelas machambas das comunidades locais.
De acordo com a presidente do Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), Setina Titosse Maússe, o empreiteiro está a trabalhar a todo vapor para concluir nos próximos dois meses a limpeza da metade da área em falta, de cerca de 300 hectares de forma a lançar a segunda fase do projecto, que consiste na abertura de canais e valas de drenagem e posterior montagem da tubagem de canalização.
A PCA do FDA disse também que os parceiros que ainda não tinham desembolsado os fundos para cobrir as necessidades do projecto do vale do Save, cuja primeira fase é a construção do Regadio de Chimunda, já fizeram chegar o dinheiro, daí que todas actividades previstas estão a ter lugar.
Setina Titosse descreveu o ritmo das actividades em curso como sendo satisfatório, pois, segundo disse, o sonho está a virar uma realidade, dado que para além da limpeza e destronca paralelamente foi realizada com sucesso a transferência de cemitérios familiares, tendo para o efeito cerca de 70 campas sido removidas e instaladas no novo cemitério construída na zona de reassentamento. Por outro lado também estão em curso as actividades de construção de casas para as famílias deslocadas da área do regadio.
A PCA do Fundo de Desenvolvimento Agrário manifestou alguma preocupação pelo atraso que se verifica para o início do reassentamento, tudo porque as casas em construção ainda não estão prontas. A situação, segundo explicou Setina Titosse, não permite que a ENOP, empreiteira contratada para a construção do regadio, embora estando a realizar algumas actividades, trabalhe à vontade porque o perímetro do regadio ainda está habitado.
No entanto, Setina garantiu que esta demora ainda não constitui ameaça para os encargos financeiros adicionais junto do construtor que tem grande parte do equipamento e pessoal não em plena actividade por causa do atraso de reassentamento.
“Conversámos com o empreiteiro, que nos compreende e está a par dos esforços do Governo Provincial de Inhambane para muito rapidamente iniciar a retirada das populações. Dada a demora da construção das casas definitivas o Executivo Provincial iniciou semana passada a construção de casas provisórias, isto tudo numa demonstração do interesse das partes envolvidas para dar andamento ao projecto de Chimunda, cujo término está previsto para próximo ano”, disse Setina Titosse.
Por seu turno, o administrador do distrito, Azarias Xavier, explicou que coube ao Governo Provincial contratar artesãos locais para a construção das casas provisórias e garante que tudo poderá terminar dentro dos prazos estabelecidos.
“Temos mais de cinco milhões de meticais para as construções provisórias e a transferência das famílias vai acontecer no decurso das construções, isto é, à medida que for concluída uma casa será imediatamente ocupada”, disse Azarias Xavier.
O administrador de Govuro acrescentou que as comunidades de Chimunda já estão animadas com a evolução dos trabalhos em curso visando a construção do regadio porque gradualmente já acreditam que a sua região poderá ter um dos principais instrumentos para combater a insegurança alimentar no distrito, em particular, e na região norte da província de Inhambane, em geral.
Noticias