Economia Agricultura Mercado e crédito entravam agricultura

Mercado e crédito entravam agricultura

Trata-se de questões antigas mas que voltaram ontem a serem levantadas no decurso do VII Conselho Coordenador do Ministério da Agricultura, que decorre na vila de Inhassoro, província de Inhambane.

Os camponeses da província de Inhambane, convidados àquela reunião, disseram ao ministro da Agricultura que quantidades consideráveis de excedentes agrícolas continuam a deteriorar-se nas machmabas por falta de meios e capacidades quer para o seu processamento a nível local, quer para a colocação no mercado.

Os produtores falaram de dificuldades para aceder ao dinheiro com vista ao financiamento das diversas fases do processo produtivo, nomeadamente para as lavouras, compra de sementes melhoradas e produtos químicos, bem assim para suportar as operações pós-colheita.

Outra questão levantada tem a ver com a deficiência de infra-estruturas hidráulicas que, na sua opinião, poderia ser minimizada com a construção de pequenos sistemas de irrigação abastecidos por poços e tanques aéreos, tal como já se pensou no distrito de Inhassoro, um programa que, entretanto, não chegou a ser concretizado.

Respondendo às inquietações colocadas pelos agricultores, José Pacheco explicou que o Governo está a adoptar medidas para suprir as dificuldades que o sector agrário enfrenta, sobretudo no que diz respeito às vias de acesso para o escoamento da produção aos centros comerciais e expansão da indústria de processamento.

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O ministro indicou a realização de feiras agrícolas como alternativa para permitir a troca de produtos entre comunidades, bem como o financiamento de pequenas iniciativas de agro-processamento.

O governante disse que a construção de infra-estruturas agrícolas de pequenas e grandes dimensões surge na sequência de busca de alternativas para suprir o défice hídrico resultante da irregularidade de chuvas.

Reconheceu que os sistemas de regadio existentes no país ainda não satisfazem as necessidades, tendo, no entanto, referido que há uma estratégia para reverter a situação, no âmbito dos esforços para incentivar os produtores a elevarem os seus níveis de produção.

Aliás, o ministro da Agricultura recordou que Governo tem estado a premiar os três melhores agricultores, a quem atribui estímulos materiais para que trabalhem ainda mais. Para sustentar esta afirmação, apresentou aos presentes os agricultores agraciados na campanha passada.

O agricultor que se classificou em primeiro lugar na época transacta recebeu 500 mil meticais, dois mil pintos, um tractor e 21 cabeças de gado bovino. Ao segundo coube uma quantia de 300 mil meticais, mil pintos, uma multicultivadora, uma motobomba, enquanto o terceiro beneficiou de uma motobomba, 50 mil meticais, 500 pintos e três cabeças de gado, além da sua participação em diversos fórum nacionais e internacionais que se debruçam sobre a produção agrícola.

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