Economia Exclusão financeira atinge dezenas de distritos

Exclusão financeira atinge dezenas de distritos

O Ministro das Finanças, Manuel Chang, considera, por isso, ser necessário que o Governo continue a encontrar soluções para que os bancos comerciais não se estabeleçam apenas na capital do país, mas também ao nível das províncias e nos distritos.

“Temos estado a incentivar aos bancos a abrirem balcões em todos os distritos e inclusivamente temos situações em que atribuímos benefícios para as instituições que abrem balcões”, disse o ministro em declarações ao “Notícias”, à margem de uma cerimónia, recente, de lançamento da Estratégia para o Desenvolvimento do Sector Financeiro.

Um estudo recentemente divulgado pelo Banco de Moçambique indica que Maputo é a província com maior rede de serviços financeiros, enquanto Niassa se encontra no extremo oposto, com uma média de 1,45 ponto para cada 100 mil adultos.

O estudo revela que, no total, quarenta e dois distritos nacionais continuam fora do sistema dos serviços financeiros como resultado da prevalência de factores tecnológicos e infra-estruturais, bem como económicos e institucionais.

Entretanto, o ministro Manuel Chang refere que a Estratégia para o Desenvolvimento do Sector Financeiro para o período 2013-2022, recentemente aprovada em Maputo, faz uma avaliação da situação actual para que “se possa avançar para a solução dos problemas que existem neste momento no sector”.

Recomendado para si:  Moçambique intensifica transporte de combustível com expansão do oleoduto

“O que queremos é que a banca comercial possa se estabelecer ao nível dos distritos. Na situação actual, mesmo as actividades do Governo através do SISTAFE ou do E-SISTAFE, não podem ser implementadas nos distritos porque não há ainda bancos comerciais”, disse.

O ministro acrescentou que para que se possa usar o E-SISTAFE em qualquer local é preciso que haja três condições, sendo a primeira a existência de energia limpa; a segunda, comunicações; e a terceira – que haja bancos comerciais.

“Um dos grandes desafios ao nível dos distritos neste momento, de facto, é a falta de bancos para que as populações não só possam ter acesso ao crédito das instituições de microfinanças como também possam fazer depósitos ou usar outro tipo de produtos que o sector financeiro desenvolve”, fez notar Chang.

Noticias