Sociedade Meio Ambiente Erosão afecta cidade de Manica

Erosão afecta cidade de Manica

O Presidente da edilidade, Moquene Candieiro, reconheceu há dias que a erosão que afecta quase todos os bairros da urbe, tem sido um dos grandes “calcanhares de Aquiles” para o estabelecimento de infra-estruturas diversas, preocupando assim toda a sociedade urbana.

O relevo da cidade, maioritariamente caracterizada por montanhas, declives e rios, agrava o cenário da erosão que, para além das casas das populações, põe em risco outras infra-estruturas de importância estratégica na urbe, dai a urgência do combate a este fenómeno.

Moquene considerou por isso a erosão como sendo uma seria ameaça ao desenvolvimento daquela cidade autárquica, neste momento em franco crescimento. Com efeito, segundo a fonte, as autoridades municipais já têm em carteira um projecto de combate ao fenómeno, mas reconheceu não haver localmente capacidade financeira para atender o desafio.

O projecto já apresentado ao Banco Mundial, através do Ministério da Administração Estatal, e está avaliado em dois milhões de meticais. Com esse montante, Manica pretende, ao menos, minimizar o problema cuja gravidade exige muito mais investimentos.

Aquele dirigente municipal disse, entretanto que, o combate à erosão constitui uma das principais tarefas constantes do manifesto eleitoral e do plano estratégico da edilidade. Assegurou que no próximo ano, este projecto vai iniciar com a construção de valetas de drenagem e plantação de árvores, no sentido de controlar a erosão.

Um outro grande desafio de Moguene considera, está relacionado com o abastecimento de água, cuja cobertura subiu de forma exponencial com a entrada em funcionamento do FIPAG, através do seu projecto de abastecimento do precioso líquido a partir da albufeira de Chicamba.

Actualmente a cobertura de água fornecida através de fontanários passou de 800 para 35 mil pessoas, como resultado da abertura de 30 furos nos bairros periféricos e quatro pequenos sistemas, tendo sido reforçada com a intervenção do FIPAG.

Em termos de organização do espaço, o edil da cidade de Manica que este ano concorre para o seu quarto mandato, fez referência ao parcelamento de mais de 60 talhões nos bairros Vumba e Manhate, onde outros 600 talhões já teriam sido parcelados.

Trabalho idêntico foi feito no bairro Chinhamapere, que Moguene considera ter virado uma grande cidade, ligando ao bairro Muzongo, que pertence a área do distrito. Com este tipo de iniciativas que o município está a desenvolver, a cidade está a ficar sem espaço por território urbano estar completamente coberto.

Constituem maiores atractivos para o investimento na cidade de Manica, a sua privilegiada localização geográfica, a paisagem montanhosa, o clima fresco e a disponibilidade de espaço, para além de ser uma cidade mineira.

Víctor Machirica – Noticias