O Governo da província da Zambézia avalia, em Agosto próximo, o relatório do impacto ambiental do projecto de exploração e processamento de areias pesadas, nos distritos de Nicoadala, Inhassunge e Chinde.
Caso seja aprovado, o arranque do projecto está previsto para finais deste ano.
Na última quarta-feira esteve em discussão, pela terceira vez, o relatório ambiental para a implementação desta iniciativa, num encontro que reuniu os proponentes da iniciativa, sociedade civil e alguns segmentos do Governo.
Segundo noticiou a RM, no encontro realizado na semana passada, que aconteceu na cidade de Quelimane, foram esclarecidos alguns aspectos relacionados com o reassentamento da população circunvizinha do local do projecto.
Na ocasião, a sociedade civil exigiu do proponente do Governo o esclarecimento de aspectos relacionados com as indemnizações da população a ser reassentada, que vai deixar as suas habitações, terras de cultivo e as respectivas culturas, bem como do tipo de condições a serem criadas nos respectivos bairros de reassentamento.
O director provincial para a Coordenação da Acção Ambiental na Zambézia, António Paqueleque, tranquilizou os interessados ao afirmar que o processo de reassentamento das cerca de mil famílias, em todos os locais identificados, vai seguir normas legalmente estabelecidas.
António Paqueleque referiu a título de exemplo, que os proprietários das habitações precárias ou não, que foram abrangidas pelo projecto, serão compensados com casas convencionais.
Orçados em cento e trinta milhões de dólares, o equivalente a 4.3 mil milhões de meticais do fundo chinês, o projecto contempla ainda a construção de um porto na doca seca em Quelimane, o melhoramento de estradas, construção de escolas, transporte de corrente eléctrica e vai empregar cerca de trezentos trabalhadores, oitenta por cento dos quais recrutados localmente.
Jornal Notícias