Economia Agricultura Processo arranca hoje: País vai pulverizar mais de 4 milhões de cajueiros

Processo arranca hoje: País vai pulverizar mais de 4 milhões de cajueiros

O lançamento da campanha de pulverização que está incorporado nos planos de maneio integrado na cultura do caju, acontece no distrito de Angoche, província de Nampula. O cumprimento do processo que é totalmente subsidiado pelo Estado vai custar um montante estimado em 100 milhões de meticais.

O caju é uma cultura praticada maioritariamente pelo sector familiar e o processo de pulverização para o controlo químico de doenças e pragas vai beneficiar um universo de 155 mil famílias baseadas fundamentalmente nas oito das 11 províncias produtoras da castanha de caju onde se exceptuam Maputo-cidade, Niassa e Tete.

Por serem as províncias com maior contribuição no volume global de produção da castanha de caju, Nampula, Cabo Delgado, Zambézia e Inhambane estão a concentrar as acções levadas a cabo pelo Incaju em termos de pulverização e supervisão.

A directora do Incaju, Filomena Maiópuè disse ao “Notícias” que as plantações não exploradas pelos respectivos titulares, com dimensões estimadas em 13 mil hectares ao nível das oito províncias produtoras de caju, são uma preocupação por parte do seu sector, pelo facto de constituírem um foco de eclosão e propagação de pragas e doenças incluindo queimadas descontroladas que provocam prejuízos à flora e fauna, além da destruição de habitações.

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“A decisão do sector sobre estas plantações, é a identificação dos respectivos titulares e juntos desenharmos um plano de maneio com custos que possam ser suportados por ambas as partes, lembrando que as podas, limpezas e capinagem podem contribuir qualitativamente para a regeneração das plantas e prevenir as doenças e pragas que afectam a cultura”- referiu Maiópuè.

Paralelamente ao processo de pulverização do cajueiro, o Incaju está a promover acções que induzem o crescimento do parque cajuícola ao nível do país, sendo um dos focos a produção de mudas tolerantes a doenças e pragas. Para este ano o plano prevê a produção de um universo de três milhões e setecentas e cinquenta mil plantas para distribuição a cerca de 30.000 produtores entre antigos e novos.

Segundo Filomena Maiópuè, a indústria nacional de processamento de castanha, que conta com 30 unidades, das quais 18 se encontram em funcionamento vai contar com disponibilidade de castanha proveniente da comercialização no mercado, estimada em 30 mil toneladas que poderão ser reforçadas caso haja necessidade, sobretudo tendo em conta a perspectiva de arranque de duas novas fábricas do ramo, cujos investimentos privados estão sendo efectuados neste momento.

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