Para o efeito, estão a ser investidos 4.9 milhões de dólares para a instalação de duas plantas de pré-processamento de produtos frescos sendo uma na Moamba e outra no Chókwè, áreas consideradas com elevado potencial para a produção de hortícolas.
Segundo Cetina Titosse, presidente do Conselho de Administração Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), a ideia é que tendo uma cadeia completa de produção e conservação de produtos, os agricultores sentir-se-ão estimulados a investir mais.
Os investimentos do Governo nestes dois distritos visam sobretudo, alavancar a produção local de produtos frescos para que tornem no maior abastecedor de produtos frescos às zonas de consumo como sejam as cidades de Maputo e Matola.
“Estamos a trabalhar com Chókwè e Moamba para o aumento da produção. A ideia é fazer tudo ao nosso alcance para completar a cadeia porque por vezes eles produzem e têm problemas de mercado ou mesmo de conservação e os produtos deterioram”, disse Titosse.
Neste sentido, o pré-processamento e conservação assegura-se vital para permitir que os produtores locais não acumulem ciclicamente prejuízos.
De acordo com a nossa fonte, tudo estava desenhado no sentido de que as plantas de pré-processamento nestes locais estivessem já a funcionar mas as cheias do início deste ano acabaram prejudicando o cronograma inicialmente planificado.
A nossa fonte garantiu que, mesmo assim, está-se a trabalhar para que ainda este ano as plantas de pré-processamento e as câmaras de conservação estejam já em funcionamento.
“A nossa perspectiva é construir um sistema de frio tanto no Chókwè como na Moamba porque este é um dos problemas que encontramos nas visitas que fizemos. Identificamos que um sistema de frio permite que eles só possam tirar o necessário para colocar no mercado e o resto fica conservado”, disse a nossa fonte.
A capacidade instalada para a primeira fase é de 212 toneladas para os dois distritos que na óptica da nossa fonte, é suficiente.
“O projecto arranca este ano. Nesta fase a capacidade a ser instalada é suficiente a não ser que nos próximos tempos aumentemos exponencialmente a produção. Com este sistema instalado significa trazermos os agricultores para junto de nós porque o que lhes faz desistir de investir é, em parte, a falta duma cadeia de produção que é um constrangimento”, disse.
As unidades de agro-processamento, segundo detalhes a que a nossa Reportagem teve acesso, terão cada uma a capacidade de 100 toneladas e tem como componentes a limpeza, selecção, calibragem dos produtos, embalagem e conservação. O sistema de frio a ser instalado no fim desta cadeia visando a conservação é de cem toneladas nomeadamente, dois contentos de 40 metros cúbicos e outros dois de 20 metros a serem direccionados de forma proporcional.
Para além destas componentes fixas, a este sistema estarão adstritos quatro camiões frigoríficos de quatro toneladas e outros quatro de oito toneladas.
A falta de infra-estruturas de conservação tem sido o principal constrangimento na cadeia de produção de hortícolas no país e na óptica do FDA, estas plantas de pré-processamento poderão ajudar a minimizar a situação e em alguma medida auxiliar os distritos circunvizinhos.
Noticias