As obras de construção da barragem hidroeléctrica de Tandara, no Posto Administrativo de Rotanda, distrito de Sussundenga, em Manica, estão paralisadas “sine die”.
Tanto o distrito como a direcção provincial dos Recursos Minerais e Energia e o Fundo Nacional de Energia (FUNAE), faltam-lhes explicações exaustivas sobre o fenómeno que, cada dia que passa, começa a ficar estranho aos olhos dos beneficiários.
A administradora distrital de Sussundenga, Mariazinha Niquice, disse não ter tanto a comentar a este respeito, sabendo apenas que as obras teriam estado paralisadas e depois adjudicadas a um novo empreiteiro, na sequência da falta de seriedade do primeiro, que não honrou com os seus compromissos, nomeadamente o de não pagamento das prestações que eram devidas à sua subcontratada para a execução do projecto.
Explicou que a nova empreiteira, por sua vez, depois de ter o projecto sob a sua alçada, ainda não mexeu palha, sabendo-se apenas que teria importado o material para a execução da obra, o qual não chegou ainda ao destino, Rotanda, por motivos ligados ao alegado desalfandegamento.
Porém, Mariazinha Niquice diz serem escassas as informações sobre o actual estágio das coisas, reiterando que a melhor explicação poderá provir do FUNAE ou a direcção provincial dos Recursos Minerais e Energia, instituições directamente ligadas ao projecto e que são responsáveis pelo acompanhando dos vários passos que estão a ser dados com vista a sua concretização.
Niquice negou que a situação prevalecente possa ser indício de desvio de fundos, justificando que, “por aquilo que estou a ver, o processo está a andar, o dinheiro existe, só pode haver problemas de outra natureza que ainda não me chegaram a conhecimento. O que eu sei é que o projecto foi adjudicado a um novo empreiteiro e este tem problemas de desalfandegamento dos materiais que importou”.