Economia Agricultura Nampula: Faltam extensionistas para desenvolver agricultura

Nampula: Faltam extensionistas para desenvolver agricultura

O director provincial da agricultura em Nampula, Pedro Dzucule, deu a conhecer à nossa Reportagem que neste momento a rede pública de extensão é constituída por 173 agentes, enquanto os restantes estão empregues no sector privado e ONG’s, totalizando 346.

“O número de extensionistas no serviço público ainda é insignificante. Ficaríamos acomodados com pelo menos 500 agentes equipados com motorizadas e outros meios de trabalho porque a maior parte da nossa população trabalha na agricultura. Mas compreendemos que é um grande desafio contratar duma só vez e trabalhamos de acordo com os meios de que dispomos”, disse a nossa fonte.

Mesmo assim, segundo acrescentou, os indicadores estão a crescer cada vez mais, o que mostra que se houvesse recursos suficientes seria possível triplicar os resultados. Na campanha passada a província de Nampula produziu pouco mais de 5.6 milhões de toneladas de alimentos e a perspectiva na presente (2013/2014) é atingir os seis milhões.

Neste momento segundo ajuntou, existem ensaios positivos no terreno com altos níveis de rendimento no âmbito do PROSAVANA que poderão ajudar a província a superar-se nos próximos tempos.

“Vamos conseguir com este projecto uma revolução agrícola responsável, atendendo o pequeno produtor. Neste momento os passos dados são positivos na medida em que vai-nos ajudar a dar impulso à agricultura”, disse a nossa fonte.

Nampula: Faltam extensionistas para desenvolver agricultura

É no contexto da transferência de tecnologia, segundo o nosso interlocutor, que o papel do extensionista é fundamental.

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“Precisamos de aumentar os quadros que temos para dar resposta a dinâmica de desenvolvimento. Estou a falar de extensionistas de campo para assistir os agricultores e de especialistas para investigação, mas anualmente contratamos pessoas para reforçar o quadro e acomodar situações prioritárias”, realçou Dzucule.

Par além da componente extensão, segundo a nossa fonte, a província tem como desafio olhar para o desenvolvimento de infra-estruturas para que o desempenho possa ser consolidado e permita o acréscimo de valor.

“Queremos avançar para uma agricultura independente das chuvas olhando para as infra-estruturas de irrigação, para a conservação pós-colheita e para o melhoramento do acesso às zonas produtivas para garantir o fluxo da comercialização e também olhar para a transferência de tecnologia”, indicou o director provincial da Agricultura.

Neste quadro, os produtores e os intervenientes no processo de comercialização de produtos agrícolas que operam na província já não têm muitos motivos para se preocupar com a previsão da conclusão ainda este semestre de alguns silos para os distritos de Malema, Lalaua e Ribáuè, no quadro dum programa que inclui as províncias do Niassa e Zambézia, Tete e Cabo Delgado.

Outra preocupação tem a ver com as mudanças climáticas que é um desafio global para o qual a província não deve ficar alheio, estando já em curso algumas acções para mitigar o seu impacto sobre a agricultura.

 

Jornal Noticias