A montagem do pequeno empreendimento é resultado de um projecto levado a cabo pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), em parceria com a Fundação Habitáfrica e com financiamento da Agência Espanhola para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento (AECI), prevendo abranger mais de 500 famílias de baixa renda.
Segundo Anabela Solomone, gestora do projecto, trata-se de uma iniciativa com vista à mudança de vida da população daquelas duas localidades, que têm a agricultura como actividade que sustenta maior número de famílias.
“Esta é uma acção que a FDC desenvolve no âmbito do projecto de fortalecimento institucional e desenvolvimento integral que iniciou há dois anos e do programa de geração de renda principalmente em Hindane, que tem poucas alternativas de emprego e depende basicamente da agricultura”, disse Solomone.
A processadora a ser montada em Hindane, cujo concurso já foi lançado, contará com um tanque de lavagem da mandioca, um ralador a motor, uma prensa, bancada de secagem, torradeira à lenha ou à carvão e uma empacotadora.
“Optámos em apoiar esta comunidade para que a população, para além da geração de renda, possa também incrementar maior valor à mandioca e garantir a melhoria da segurança alimentar. A fabriqueta deverá ter uma capacidade para processar cerca de cinco toneladas de mandioca fresca por dia que poderá servir para a exportação”, acrescentou, sem entrar em detalhes.
A introdução da espécie de mandioca melhorada e assessoria para o cultivo do tubérculo foram algumas das medidas já avançadas para garantir que não falte mandioca para alimentar a processadora da mandioca nos campos de cultivo de Mungazini e Hindane.
“Melhorámos a mandioca local e acompanhamos todos os trabalhos para que nos próximos tempos o distrito de Matutuíne possa ter mandioca para produzir farinha que alimente o mercado local e externo”, garantiu a nossa fonte sem avançar os montantes a serem investidos no projecto.
A pequena fábrica de produção de farinha deverá funcionar com base em energia alternativa, uma vez que rede de energia eléctrica ainda não chega àquela zona.
Jornal Noticias