Economia Agricultura Próximos 10 anos: Rioforte prioriza agricultura

Próximos 10 anos: Rioforte prioriza agricultura

A sociedade, de acordo com a fonte, terá como uma das suas primeiras prioridades concentrar os seus esforços no crescimento da primeira subsidiária directa do seu portfólio, a Mozaco – Mozambique Agricultural Corporation, em parceria com o Grupo moçambicano João Ferreira dos Santos, um dos expoentes da agricultura do nosso país, para além de ser reputado grupo empresarial em Moçambique.

O plano de negócios da operação agrícola da Mozaco em Moçambique prevê a plantação de 220 hectares de soja e 240 hectares de algodão em 2013. Manuel Fernando Espírito Santo afiançou-nos que em termos operacionais, já estão actualmente cultivados 66 hectares de soja e dois hectares de algodão num projecto-piloto implantado precisamente em Malema.

A primeira fase deste empreendimento (5 anos) o investimento será de 5 milhões de dólares norte-americanos.

Soubemos que no quinto ano, pretende-se ter plantado 2000 hectares principalmente para a produção de soja (algodão, milho e girassol serão também plantados para recuperação das terras) e produzir 3 mil toneladas de soja e empregar 150 pessoas.

Foi desenhada uma segunda fase (de 5 a 10 anos), período em que estão previstos investimentos na ordem de 45 milhões de dólares. “No décimo ano, pretende-se ter plantado os 20000 hectares de terra, produzindo cerca de 20 mil toneladas de soja” – disse a fonte.

Próximos 10 anos: Rioforte prioriza agricultura

Nos primeiros dois anos estima-se que o projecto chegue a perto de 600 hectares, que crescerão progressivamente até atingir cerca de 2000 hectares. Desta forma, segundo o PCA da Rioforte, “o grupo pretende confirmar os pressupostos do seu business plan, de forma a aprofundar conhecimentos antes de avançar para o projecto completo, que deverá atingir 20000 hectares de exploração no médio prazo”.

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Um dos casos mais interessantes aplicados no Paraguai, onde a Rioforte mantém presença e que pretende desenvolver em Moçambique, tem a ver com a criação de uma base de empresariado local especializada, por exemplo estimulando trabalhadores a adquirirem equipamento e estabelecerem-se por conta própria com contratos de fornecimento de serviços e de financiamento promovidos pela própria companhia. “Esta iniciativa construiu hoje um núcleo de pequenos empresários que trabalham não só para as fazendas desta empresa no Paraguai, mas para herdades vizinhas, estimulando economias de escala, criando postos de trabalho e riqueza e promovendo a ascensão económica e social da população”.

Ainda na entrevista com Manuel Fernando Espírito Santo, foi-nos dito que a empresa construtora Opway, pertencente ao Grupo Espírito Santo, “é outro expoente de relevo onde a Rioforte vai prestar apoio dinâmico e com vista à aceleração do crescimento daquela que é uma das mais antigas construtoras de origem portuguesa a operar em Moçambique”. Ela detém um “invejável” aliado a um conjunto de parcerias internacionais e relações crescentes com outras construtoras e grandes investidores internacionais no nosso país.