Para tanto, o Presidente da República, Armando Guebuza, efectua uma visita de Estado à República do Malawi de 2 a 4 de Abril, uma deslocação que deverá constituir uma retribuição àquela que foi realizada pela estadista malawiana, Joyce Banda, em Maio de 2012, ao nosso país, logo após assumir o cargo de Chefe de Estado do Malawi, na sequência da morte do Presidente Bakili Muluzi.
A oportunidade servirá igualmente para os dois estadistas trocarem impressões sob a situação interna de cada um dos países da região austral de África, do Continente Africano e do mundo, em geral.
O estadista nacional vai também avaliar o estado das relações bilaterais em vários domínios com destaque para a área de energia, comércio e indústria, defesa e segurança, gestão fronteriça, transportes e comunicações, agricultura, gestão partilhada deprecarmos hídricos e minerais.
Serão ainda passados em revista os acordos assinados durante a visita da Presidente Banda ao nosso país, onde se destaca os memorandos de entendimento nos domínios politico-diplomático e energético.
Na área de energia, o objectivo dos malawianos é garantir a ligação da energia de Cahora Bassa ao seu solo pátrio, um país em que o parque industrial apresenta graves problemas por falta de energia eléctrica. Na ocasião, o Malawi também manifestou interesse em que sejam criadas condições para que, para além do “Corredor de Nacala”, possa utilizar com maior eficiência a linha de Sena, no que liga o Porto da Beira aos países do “interland”. As questões ambientais também dominaram as conversações entre os dois países realizadas no âmbito da visita da Presidente Banda.
Guebuza e Banda vão também revisitar a implementação das decisões tomadas na reunião da comissão mista que teve lugar na capital malawiana em Novembro passado.
Espera-se que nesta visita seja assinado um acordo sobre projecto de interconexão eléctrica entre os dois países, a partir da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), em Tete. Inicialmente, o acordo seria assinado em Maputo, mas à última hora o local foi transferido para Lilongwe, segundo revelou o ministro malawiano de Energia, Ibrahim Matola.
A demora na assinatura do acordo, cujas linhas foram traçadas durante a visita de Joyce Banda a Maputo, deveu-se a alguns problemas logistícos, que segundo ele, já foram ultrapassados.
Com este entendimento, Moçambique espera utilizar o território malawiano para o transporte deste recurso para abastecer a zona norte.
Para além da assinatura do memorando de entendimento sobre interligação de energia eléctrica entre os dois países, espera-se que sejam rubricados entendimentos de cooperação nos sectores de segurança pública e serviços de migração, meio ambiente, entre outros.