Economia Agricultura Inhambane – AP preocupada com abandono de obras públicas

Inhambane – AP preocupada com abandono de obras públicas

Aquela comissão, no decurso da sessão reservada a perguntas e respostas ao governo, questionou o paradeiro do empreiteiro que, em 2009, recebeu a obra de construção de cinco sistemas de regadio no distrito de Inhassoro, pois, de lá para cá, não se vislumbram sinais da dinâmica daquela empreitada que tinha como objectivo impulsionar a produção de comida naquele distrito.
“O que está sendo feito pelo Governo no sentido de retomar a construção daqueles sistemas de regadio e o que será feito do empreiteiro que, depois de receber o dinheiro na totalidade, simplesmente desapareceu sem deixar rastos?”, questionou a Comissão dos Assuntos Económicos e Desenvolvimento Rural da Assembleia Provincial.

Em resposta, o Director Provincial de Agricultura, José Varimelo, explicou àquele órgão que está em curso uma acção da localização do empreiteiro cuja sede está na capital do país.

Inhambane - AP preocupada com abandono de obras públicas

“Na verdade, o empreiteiro identificado por Nio Neccion Water, com sede na cidade de Maputo, de um total de 37 furos de água e cinco sistemas de regadio, em Inhassoro, apenas executou cinco furos para dar água ao gado bovino e desapareceu da circulação. Devo explicar que o empreiteiro recebeu na totalidade os fundos necessários, cerca de 17 milhões de meticais”, disse Varimelo.

O director provincial da Agricultura revelou que com vista à recuperação do dinheiro alocado ao empreiteiro fugitivo, decorre um processo na Procuradoria Provincial, órgão competente para notificar judicialmente entidades privadas e singulares que burlam o Estado. “Entregámos o assunto à Procuradoria da República para nos ajudar a localizar o empreiteiro que está com o nosso dinheiro”, esclareceu José Varimelo.

O director provincial de Agricultura acrescentou que a obra, segundo o contrato assinado em 2009, deveria ter sido realizada num prazo de 180 dias, mas cerca de quatro anos depois não há sinais, no mínimo, do cumprimento do contrato, pelo facto de o empreiteiro se encontrar num lugar incerto.