O facto foi revelado, há dias, na cidade de Chimoio, em Manica, pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) daquela instituição, Luís Rego, durante a abertura da terceira reunião geral dos Correios de Moçambique, evento que decorreu sob o lema “Correios pela Sustentabilidade: Desafios e Oportunidades”.
Sem entrar em detalhes sobre a origem das referidas dívidas, aquele gestor empresarial realçou que a sua amortização está prevista para dentro dos próximos cinco a sete anos, altura em que se espera que aquela instituição venha alcançar relativa estabilidade financeira, com a introdução e operacionalização de novos produtos e serviços e com as medidas de reestruturação face aos desafios da actualidade.
Com efeito, indicou que tal dívida era relativamente superior que, entretanto, foi gradualmente sendo amortizada até atingir este remanescente. O esforço que vai continuar resulta das medidas de reestruturação da empresa visando gerar mais recursos, que começou com a introdução da Correios Expresso de Moçambique (CORRE).
Além disso, Rego assegurou ter sido igualmente criada a Caixa de Poupança, no Niassa, que no seu dizer já caminha para a sua transformação em Banco Postal, acto previsto até final deste ano. Para o efeito, decorrem negociações neste sentido entre Correios de Moçambique e o Banco de Moçambique, concretamente visando a legalização da respectiva licença e outros documentos afins.
Projectos de Sustentabilidade da Empresa
Dirigindo-se aos presentes, o PCA dos Correios de Moçambique indicou que, para além destas acções, decorrem outros esforços conducentes à introdução da Empresa de Documentação e Arquivo, da Empresa de Logística, “além de que abraçámos o sector imobiliário, através do projecto de construção do edifício que iniciará logo que as condições estiverem criadas”.
No que diz respeito à imagem institucional, realçou terem sido impressas acções de pintura do edifício-sede da empresa, a reconstrução da Estação dos Correios, em Marromeu, a reabilitação da Estação postal de Gondola e a ampliação do edifício dos Carreiros, em Catandica. Também foi reabilitado o edifício dos Correios na cidade de Tete, reabertas as estações postais de Chiúre, Ancuabe, Macomia e Mueda, em Cabo Delgado, Ponta do Ouro, em Maputo, Nova Mambone, em Inhambane, entre outras.
Para já, a Correios de Moçambique trabalha com os organismos internacionais no âmbito da cooperação técnica, nomeadamente com a SAPOA, AICEP e UPU para a dinamização do tráfego postal internacional na integração regional e da melhoria e diversificação dos produtos e serviços postais, em cumprimento da estratégia postal de Doa.
Tudo isto, conforme apurámos na circunstância, acontece numa altura em que a empresa Correios de Moçambique enfrenta desafios para ajustar as suas actividades com a realidade, através das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), razão pela qual esboça novas fontes de rentabilidade financeira e novas estratégias para enfrentar o cada vez mais exigente e moderno mercado das comunicações.
A gestão de marketing e venda, inovação e diversificação do sector postal, entre outros pontos, figuram ainda na mesa dos trabalhos que terminam esta sexta-feira, reunindo quadros seniores do sector provenientes de todo o país.