Para Comoane, a existência de recursos minerais como terra arável, em que Manica dispõe de mais de 42 milhões de hectares, o predomínio, no seu subsolo de imensos recursos minerais como ouro, bauxite, ferro, pedras preciosas e semi-preciosas, turmalinas, granadas, safira, corundo, material de construção como calcário, areias, argila, rocha de ornamentação, carvão e água minerais, entre outros, justificam que mais investimentos dêem entrada na província.
Com esta conferência, Manica pretende igualmente abrir possibilidades para o estabelecimento de parcerias com as empresas com investimento na província e convidá-las a potenciar os seus esforços na promoção de mais investimentos nas mais diferentes vertentes de actuação.
“Queremos assegurar a todos presentes nesta sala, que a província de Manica é o local ideal para se investir, por isso quero convidar a todos, para junto com a província identificarmos o local para o seu investimento, tendo em conta a área de intervenção específica de cada um” – pediu a governante.
Lembrou que a localização estratégica da província de Manica, o “Corredor da Beira”, e as estradas nacionais que a atravessam e que escoam tráfego nacional e internacional, fazendo ligação aos países do “hinterland” como Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Congo Democrático, constitui um factor dinamizador do investimento, aliado à disponibilidade de energia eléctrica e de outras infra-estruturas e serviços de apoio que melhoram a cada dia na província.
Manica é igualmente potencial em recursos turísticos tendo destacado que a existência de lindas paisagens de florestas e montanhas, como a Cabeça de Velho, o Monte Zembe, as serras Chôa e Vumba, Chicamba Real, a Cordilheira de Chimanimani e o Monte Binga, o mais alto do país, a presença de áreas de conservação, reservas e coutadas, são outros atractivos para o investimento na região.
Com efeito, a governante informou que como resultado da apetência de Manica para o investimento, foram aprovados em 2012, 41 projectos avaliados em mais de 349 milhões de dólares norte-americanos, que deram entrada através do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) e pelos sectores de turismo e recursos minerais, tendo sido criados cerca de três mil novos postos de trabalho.
Para além dos já aprovados, estão em carteira e aguardam formalização projectos de investimentos no valor de 246,7 milhões de dólares norte-americanos, com a perspectiva de criar 5244 novos postos de trabalho.
No concernente ao investimento público, Comoane disse terem sido aplicados no ano transacto, cerca de 15.9 milhões de dólares norte-americanos, montante investido sobretudo na construção de infra-estruturas de suporte ao investimento privado em locais onde ainda não estão disponíveis, como a electrificação dos três distritos que ainda não dispõem de energia eléctrica fiável (Tambara, Macossa e Machaze), construção de pontes para a ligação de zonas com elevado potencial de produção, estradas e a construção de unidades sanitárias e escolares em todos os locais da província.
Indicou que, como resultado dos investimentos públicos e privados actualmente em curso na província, a produção global de bens e serviços em 2012 alcançou cerca de 466,41 milhões de dólares norte-americanos, representando um crescimento na ordem de 30.2 por cento comparativamente ao periférico ano de 2011.
Participaram no evento, para além do embaixador moçambicano acreditado naquele país da SADC, Fernando Fazenda, os presidentes das câmaras de Câmara de Comércio entre Moçambique e África do Sul, o director-geral do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) Lourenço Sebastião, entre outras figuras.
A nível da província, a delegação de Ana Comoane integra os directores provincias das áreas consideradas estratégicas, nomeadamente Sónia Namaumbo, da Agricultura, Olavo Deniasse, dos Recursos Minerais e Energia, Acácio Foia, da Indústria e Comércio e Fredson Bacar, do Turismo. Também fazem parte da delegação, Virgulino Nhate, do Plano e Finanças, Natércia Nhabanga, do Ambiente e Mouzinho Alberto Carlos, do Trabalho.