Economia Atrasos nas obras: MCA recomenda a subcontratação

Atrasos nas obras: MCA recomenda a subcontratação

O que acontece é que, na obra Mecutuchi – rio Lúrio, numa extensão de aproximadamente 75 quilómetros, não se está a conseguir índices de produção satisfatórios, porque as actividades como movimento de terras e estabilização estão a ser muito lentos.

Para já, de acordo com Paulo Fumane, Director-Geral da MCA – Moçambique, há já uma discussão com o empreiteiro para se encontrar apoio junto de outras empresas da área, o que passa pela subcontratação de determinados trabalhos, como forma de conferir maior dinâmica à empreitada, de maneira a que seja possível concluí-la até finais de Junho.

Em Nacala, um dos factores que ditou o atraso é o de o anterior fiscal não ter tido uma abordagem que ia ao encontro dos objectivos da entrega da obra dentro dos prazos e com a qualidade requerida, por um lado e, por outro, o empreiteiro não correspondia a tal dinâmica.

“Tivemos que adoptar algumas medidas e as coisas estão a melhorar. O empreiteiro está a preparar-se para trabalhar 24 horas, mas para tal é preciso que as regras de higiene e segurança no trabalho estejam acauteladas”, referiu Paulo Fumane, falando há dias a jornalistas, em Nacala.

Para as obras de Nacala o entendimento que há é, igualmente, de retirar parte dos trabalhos quer de betonagem quer de instalação de tubagem e realocá-los a um novo empreiteiro, como forma de assegurar que as obras sejam concluídas dentro dos prazos do compacto, ou seja, até Setembro.

“Se nós não mudarmos o cenário não vamos concluir as obras do compacto e como sabem, a legislação do MCC é rígida no orçamento e é rígida na temporalidade. Não há extensão de prazo e não há dinheiro suplementar”, explicou Paulo Fumane.

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As obras de Nacala consistem na reabilitação da barragem local de retenção e na construção de um sistema de abastecimento de água para a cidade, que actualmente enfrenta grandes problemas hídricos.

Atrasos nas obras: MCA recomenda a subcontratação

Para além de Nacala e Mecutuchi – rio Lúrio, outra obra que merece especial atenção é a do sistema de drenagem da cidade de Quelimane, mas neste caso, Paulo Fumane reconhece um grande esforço do empreiteiro para a recuperação do tempo perdido.

Entretanto, de uma maneira geral, o nível de produção das obras continua a crescer, como resultado do trabalho conjunto entre os empreiteiros, o MCA e o Governo.

“Neste momento temos uma grande viragem. Nas obras como estradas e abastecimento temos um aumento dos consumos dos combustíveis, cimento e betume. Numa obra está se a consumir cerca de 50 toneladas de cimento por dia e prevemos que depois das chuvas teremos consumos na ordem de 150 toneladas. Trinta e cinco mil litros de combustíveis consumidos em 2,5 dias”, detalhou Paulo Fumane, reconhecendo que o crescimento da produtividade traz consigo exigências em termos de fluxo de moeda.

Em 2008, o Governo dos Estados Unidos da América libertou 506,9 milhões de dólares para serem aplicados, durante cinco anos, em projectos de infra-estruturas como estradas, construção e/ou reabilitação de sistemas de abastecimento de água e saneamento, reforço da gestão de terras e melhoramento da renda na agricultura, tendo como beneficiárias as três províncias do norte – Nampula, Cabo Delgado e Niassa, bem assim a província da Zambézia, no centro.