A constatação foi ontem feita em Maputo por Oldemiro Baloi, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, após a cerimónia de recepção do presidente da República, Armando Guebuza, que nos últimos dias escalou aqueles dois pontos do globo, acrescentando que foram tiradas importantes lições naquele sentido.
Falando concretamente dos EAU, o chefe da diplomacia moçambicana referiu que há 45 ou 50 anos não existiam como país desenvolvido, mas meio século depois são uma nação de referência no mundo.
Baloi apontou que a Austrália também teve o mesmo percurso e resultados, embora num horizonte temporal mais longo.
As duas nações chegaram ao pico de desenvolvimento socioeconómico e consequentes altos níveis de vida dos seus povos graças a excelente exploração e uso dos seus recursos naturais, principalmente o carvão no caso da Austrália.
Olhando para o país e das lições tiradas na recente visita de Estado de Armando Guebuza à Austrália e de trabalho aos EAU, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação acredita que Moçambique tem tudo para dar a volta a pobreza que flagela o seu povo se fizer um uso racional dos rendimentos da exploração do seu vasto leque de recursos naturais, como o gás natural, carvão, areias pesadas e outros que se vão descobrindo a cada dia.
De acordo com o ministro, Moçambique mantêm, há anos, relações de natureza empresarial com os Emiratos Árabes Unidos, mas faltava um enquadramento político, dai a deslocação de trabalho que Guebuza efectuou aquele ponto da região do Golfo Pérsico entre sábado e terça-feira.
O PR chegou aos Emiratos Árabes ido da Austrália onde estivera em visita de Estado entre os dias 11 e 15 do corrente mês.
À sua chegada, pouco depois das 10 horas, no Aeroporto Internacional de Maputo, Guebuza foi recebido com honras de Estado, numa cerimónia que contou com a presença de membros do Governo e dos principais órgãos de soberania.