Politica Guebuza no encerramento do CC: Frelimo é do diálogo

Guebuza no encerramento do CC: Frelimo é do diálogo

Quem assim o afirmou foi o Presidente do partido, Armando Guebuza, no encerramento, ontem, dos trabalhos da II Sessão Ordinária do Comité Central, que iniciou na sexta-feira na cidade da Matola, província de Maputo.

Armando Guebuza disse que foi no processo do diálogo que a Frelimo foi-se forjando como uma organização política coesa, madura e visionária. Segundo afirmou, o diálogo é interacção, em espaços formais e sob regras previamente definidas e não necessariamente concordância entre os interlocutores.

“Diálogo é um passo importante para a partilha de visões e de propostas de solução para desafios concretos. Diálogo é um importante mecanismo para a construção de consensos”, indicou.

Lembrou, aliás, que a fundação da Frelimo, há 50 anos, só foi possível porque todo o processo teve no diálogo, entre os moçambicanos provenientes das mais diversas origens, o seu ponto de partida e de chegada. Graças a um diálogo intenso e inclusivo, foi possível esbater as diferenças que existiam no seu seio e gradualmente criar os consensos que propiciaram a aproximação das partes, facto que culminou com a sua criação.

Através desse diálogo foi possível aprofundar e cristalizar um pensamento comum entre os moçambicanos de espírito arrojado, com perseverança e compromisso com os valores que conferem identidade singular à Frelimo. Armando Guebuza observou que só com um partido dialogante e promotor do diálogo da dimensão da Frelimo seria possível levar a cabo uma luta de libertação nacional, popular e prolongada, bem como assegurar que os obreiros da nacionalidade obtivessem conquistas irreversíveis nos vários domínios da vida do país.

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Guebuza no encerramento do CC: Frelimo é do diálogo

O Presidente da Frelimo falou da importância que teve o diálogo no período de transição para a independência nacional, após a proclamação desta, quer na mobilização do povo moçambicano para as tarefas da reconstrução nacional, quer na defesa da soberania e das instituições democráticas em implantação. Disse ter sido com o diálogo que foram consolidados os mecanismos para a construção da paz e enveredou-se por um processo de reconciliação exemplar.

No espírito do diálogo, afirmou Armando Guebuza, a Frelimo continuará a esclarecer as vozes que pensam que a unidade nacional pode ser substituída por uma visão limitada e estereotipada de povo e de nação expressa pela reclamação para si, e só para si, dos recursos e das oportunidades localmente existentes.

Disse que os dirigentes da Frelimo, a todos os níveis, têm uma agenda de trabalho que dá substância e relevância ao diálogo em que se engajam com os militantes do partido e com o povo moçambicano. Uma agenda que, segundo afirmou, resulta de um plano que operacionaliza um programa que se inspira, interpreta e implementa os anseios mais profundos dos cidadãos.

“É com a Frelimo dialogante e promotora do diálogo que devemos vencer, de forma esmagadora e convincente, as próximas eleições autárquicas”, disse, acrescentando que é no ambiente criado pela Frelimo que se vai demonstrar aos compatriotas que se sentem carentes de patrão, que deve ser necessariamente estrangeiro, que Moçambique é livre e independente.