Sociedade Meio Ambiente Beira: Chuvas tornam caótica circulação nas estradas

Beira: Chuvas tornam caótica circulação nas estradas

A promessa veio do vereador da área de Construção e Urbanização, Albano Carrige, falando em exclusivo ao nosso matutino sobre o cenário lastimável das estradas na cidade capital provincial de Sofala.
Na verdade, numa ronda que a Reportagem da nossa Delegação da Beira efectuou esta semana por algumas artérias da urbe constatou um ambiente dramático, com algumas viaturas de grande tonelagem a ficarem mesmo atoladas.

Mesmo o nosso veículo, de suspensão alta e com tracção às quatro rodas, tinha de interromper algumas marchas em face da sua intransitabilidade, sobretudo nos periféricos bairros de Pioneiros, Manga, Vaz e Muchatazina. ”Aqui só pode andar caterpillar”- ironizou o nosso motorista, Xavier Muchanga.

Neste momento, na cidade da Beira só se circula mais ou menos à vontade nas vias Munhava-Chota, Baixa-Macurungo e Baixa-Hospital Central (Av. Eduardo Mondlane), o troço Hospital Central-Aeroporto clama pela melhoria de resselagem.

De facto, qualquer entrada e saída ao centro da cidade da Beira dependem exclusivamente da Estrada Nacional Número Seis e da Avenida Samora Machel que, entretanto, se apresentam numa situação também crítica.

Beira: Chuvas tornam caótica circulação nas estradas

A primeira via já lá vai muito tempo que deixou de conhecer algum tráfego de viaturas ligeiras pelo facto de o troço Vaz/Munhava se apresentar intransitável, enquanto o segundo troço conta com uma profunda cratera que até obriga os automobilistas a violarem o Código de Estrada, circulando em contra-mão.

Como se se tratasse de uma violação premeditada, a Polícia de Transito pré-posiciona-se no crítico troço multando os supostos prevaricadores da lei, um procedimento que acaba irritando cada vez mais os condutores, que além da precoce danificação dos seus meios circulantes, devem-se sujeitar aos chamados homens da manutenção da Lei e Ordem.

Por conseguinte, assiste-se a uma verdadeira acrobacia nas estradas naquele que é considerado o segundo maior centro urbano do país, com os transportes semicolectivos de passageiros a agudizarem o encurtamento de rotas.

O mais grave ainda é que a própria Empresa Pública de Transportes Públicos da Beira (TPB) também abandonou as rotas das zonas de risco como medida de salvaguardar o estado dos seus autocarros.

Na Beira é normal verificarem-se praças e rotundas abandonadas, tal é o caso da chamada zona de Alto da Manga. Na zona industrial, o cenário é cada vez pior, onde praticamente as viaturas ligeiras não circulam.