A fábrica, segundo dados fornecidos na ocasião, será implantada numa área de 30 hectares a ser indicada ao proponente ao longo da estrada circular de Maputo, ela também em construção, estimando-se que a mesma entre em operação dentro de 24 meses.
Por agora, segundo o proponente, decorre um processo visando determinar todas as especificidades da matéria prima que a fábrica vai usar, sendo no entanto certo que a mesma vai absorver todo o tipo de lixo, incluindo o hospitalar que, a par do lixo tóxico, em princípio, não deverá ser reciclado.
A Matola já possui, segundo garantia dada pelo seu Edil, um diagnóstico sobre o lixo naquela cidade, acreditando-se que essa informação possa ser importante para os proponentes do projecto.
A ideia, segundo Arão Nhancale, é que essa fábrica produza, a partir do lixo, coisas importantes e necessárias à sociedade, nomeadamente fertilizantes, material de construção, gás energético entre outros.
“ Queremos produzir riqueza a partir do lixo, porque entendemos que para os munícipes, que serão os principais fornecedores da matéria-prima, vão poder produzir renda recolhendo lixo e vendendo-o à empresa.”, explica o Edil da Matola.
Actualmente, segundo Nhancale, o Município da Matola produz cerca de 500 toneladas de lixo por dia, havendo empresas que procedem à sua recolha para depósito em locais de acondicionamento, a coberto de contractos de prestação de serviços rubricados com a autoridade municipal.
Ainda assim, muito outro lixo fica por recolher nos diversos bairros residenciais do Município da Matola, tal é a fraca capacidade instalada a nível do Conselho Municipal para responder às necessidades de recolha de resíduos.
“ A nova empresa estará no mercado e poderá ir buscar o lixo onde entender mas, à partida, o maior mercado de matéria-prima será a Matola. Vamos dar apoio a eles, indicar-lhes os pontos estratégicos para que a recolha e selecção do lixo decorra com a normalidade necessária”, acrescentou.
Para Matias Mboa, a solução do problema do lixo é da responsabilidade de todos, independentemente de viverem na cidade ou no campo.
“Decidimos nos juntar a este esforço porque entendemos que só falando a mesma língua podemos resolver o problema. Nós vemos exemplos de outras cidades na Europa, Ásia e até em África que andam limpas. E também são habitadas por Homens. Por que é que as nossas cidades não podem ficar limpas, se nós, que as habitamos, também somos Homens?”, questiona Mboa, para quem ao constituir-se, a sua empresa assume que pode contribuir para resolver o problema do lixo na Matola.