A “Mamba Minerals Lda. projectava investir pouco mais de quatro milhões de randes, o correspondente a 14 milhões de meticais, para a aquisição e instalação do equipamento de processamento daquele minério precioso.
A cerimónia de lançamento da primeira pedra para a edificação daquele empreendimento, teve lugar recentemente, com a presença, na zona, dos representantes da empresa, das instituições administrativas locais e das ligadas à gestão dos recursos minerais na província.
A firma que ambicionava alargar as suas actividades à zona de Chua, no mesmo posto administrativo de Machipanda, também em Manica, tinha a capacidade instalada para processar dez toneladas de argila por hora, esperando-se que em cada tonelada pudessem ser retirados dez gramas de ouro.
Resultados de uma prospecção efectuada indicavam haver, no jazigo, potencialidades para a extracção de ouro num período estimado entre quatro e nove anos. Aquela empresa pretendia empregar, numa primeira fase, 150 trabalhadores, na sua maioria recrutados localmente, privilegiando-se os garimpeiros que operam na zona.
Segundo soubemos na ocasião, nos arredores da mina, mais de dez outros jazigos foram abertos por garimpeiros ilegais na região, os quais haviam entrado em acordo com os proprietários da Mamba Minerals, a quem iriam vender a sua produção. Para o efeito, aquela empresa e os garimpeiros já haviam assinado um compromisso nesse sentido.
Cerca de 200 garimpeiros ilegais operam em dez jazigos na região de Andrade, localidade de Nhancuarara. Parte deste grupo teve há dias acesso a um apoio em termos de carrinhas de mão e pás, oferecidas pela empresa em referência, como contribuição para o melhoramento da sua actividade.
No ano antepassado, a produção aurífera em Manica baixou drasticamente para 97 quilogramas contra 274 conseguidos em 2009. A falência de empresas mineiras e o encerramento dos escritórios do Fundo de Fomento Mineiro no distrito de Manica foram apontados como estando na origem da situação.