A População do distrito do Búzi pede ao Governo a reactivação da produção de açúcar como forma de permitir o rápido desenvolvimento da região e não só. O desejo foi manifestado no posto administrativo de Estaquinha durante o comício orientado pelo Governador de Sofala, Félix Paulo.
Durante muito tempo, a açucareira do Búzi foi a única fonte de postos de trabalho na região, tendo chegado a empregar, no período de pico, cerca de nove mil trabalhadores, entre efectivos e sazonais.
Devido ao seu elevado estado de obsolescência e desajustamento da maquinaria, a fábrica viria a encerrar as portas na campanha 1992/94, atirando todos os trabalhadores para o desemprego.
Dados facultados ao “Notícias” pelo director das Actividades Económicas no Búzi, Valdemar Schuwarts, indicam que decorrem negociações entre actuais concessionários e investidores chineses, para a reactivação do empreendimento.
Segundo as previsões, os empresários chineses pretendem instalar no Búzi uma nova fábrica de açúcar com tecnologia de ponta, sendo que o Banco Mundial garante o financiamento para o efeito.
Caso as negociações não sejam bem sucedidas, conforme apurámos, os empresários asiáticos poderão mudar de actividade, podendo apostar na produção de arroz, numa extensão de 600 hectares irrigados.
Para os moradores daquela zona, a inactividade da companhia de Búzi concorre para o aumento dos índices de desemprego, o que acaba comprometendo o desenvolvimento.
Sobre o assunto, o governador de Sofala reconheceu a importância da reactivação da companhia, esclarecendo que o Governo não está alheio a tal preocupação, mas que tudo depende do desfecho das negociações em curso com os investidores.
Aliás, falando numa sessão extraordinária do Governo, o administrador do Búzi, Tomé José, reafirmou como principais constrangimentos no terreno a inactividade da fábrica de açúcar, falta de ponte para travessia do rio Búzi e a falta de energia eléctrica da rede nacional.
O administrador referiu ainda que mais de 22 mil pessoas estão em risco de fome em Nhamichindo e Grudja.