Danilo Nalá, director-geral do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), afirmou que a construção do aeroporto faz parte de um conjunto de investimentos públicos que, até ao momento, já totalizaram cerca de 500 milhões de dólares e que incluem a reabilitação do Porto de Nacala e da linha férrea Nacala-Malawi.
Segundo Nalá, um dos grandes incentivos que a região de Nacala possui é o facto de ser considerada uma Zona Económica Especial (ZEE).
Como resultado das várias iniciativas em curso em Nacala, segundo Nalá, foram assumidos até ao momento compromissos de investimento do sector privado que ascendem a 1.4 bilião de dólares.
Danilo Nalá falava ontem em Maputo, durante um seminário sobre oportunidades de negócios no Aeroporto Internacional de Nacala.
“A maior vantagem de Nacala é a existência de logística de transporte. É por isso que existe uma consideração muito grande, não só pela construção do aeroporto, mas também pela reabilitação do porto e da linha férrea. O que se pretende é que o aeroporto venha servir de ‘hub’ (centro) para vários destinos circunvizinhos como Malawi, Zâmbia e Zimbabwe, e ser também uma alternativa ao aeroporto de Joanesburgo, na África do Sul”, disse Danilo Nalá.
José Viegas, consultor da empresa pública Aeroportos de Moçambique (ADM, EP), intervindo na mesma ocasião, fez referência à Estratégia do Governo para o Sector do Transporte e aos Objectivos Estratégicos para Nacala nos próximos 10 anos.
Segundo Viegas, tais objectivos passam por se maximizar o proveito da localização geográfica de Nacala, que lhe confere proximidade aos mercados da Ásia, Médio Oriente e Europa.
“Pretende-se também promover o uso do Aeroporto Internacional de Nacala para a exportação de carga perecível, sobretudo atum e outros derivados”, afirmou Viegas.
O consultor afirmou que, após a conclusão da construção do aeroporto, poderão ser criados 3 mil novos postos de trabalho.