Economia Inventariação de recursos continua grande desafio – considera dirigente do Banco Mundial

Inventariação de recursos continua grande desafio – considera dirigente do Banco Mundial

O vice-presidente do Banco Mundial para o sector Económico, Otaviano Canuto disse que o conhecimento exaustivo dos recursos existentes no sub-solo em Moçambique e na região no geral, continua a ser um grande desafio por ser materializado.
Inventariação de recursos continua grande desafio - considera dirigente do Banco Mundial

Falando terça-feira em Maputo, durante uma palestra subordinada ao tema “Desafios na Gestão dos Recursos Naturais”, o dirigente do Banco Mundial defendeu que os países africanos deviam unir esforços para o mapeamento geológico do continente como forma de aprofundar o conhecimento sobre os recursos existentes no sub-solo de modo a melhorar a sua gestão.

Otaviano Canuto garantiu que a sua instituição está disponível para dar o apoio necessário para a materialização deste objectivo que na sua opinião, pode impulsionar o desenvolvimento do continente.

“Os países africanos, incluindo Moçambique, devem fazer uma avaliação das riquezas existentes no sub-solo e incorpora-las nos seus sistemas de contabilidade”, indicou Canuto para quem “se um estado não tem capacidade para conhecer o potencial existente no sub-solo, não pode esperar que sejam as empresa privada a ajuda-lo”.

O vice-presidente do Banco Mundial insistiu que as agências multilaterais têm um papel importante na ajuda aos estados e estes podem encomendar, conjuntamente, pesquisas geológicas como forma de maximizar os investimentos.

Reafirmando que o Banco Mundial olha com optimismo o futuro de Moçambique, Canuto indicou, igualmente, ser importante que, os ganhos gerados pela exploração dos recursos naturais sejam transformados em activos estratégicos para o país.

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“O Banco Mundial não traz receitas definitivas sobre os modelos que o país pode adoptar, mas tem experiências importantes de modelos que foram adoptados noutros países e que se transformaram num sucesso”, observou.

Para o vice-presidente do Banco Mundial, Moçambique pode apostar na utilização dos recursos explorados para o financiamento de outros sectores básicos como a educação e a saúde.

Ressalvou que não se pode pretender que um país como Moçambique copie taxativamente a experiência de nações como a Noruega que já ultrapassou, de longe, os problemas básicos da saúde e edução.

“Portanto, não se pode dizer que Moçambique deixe de utilizar os seus recursos para fortalecer a educação e a saúde para criar um fundo soberano. Há que, primeiro, ultrapassar os problemas básicos e aos mesmo tempo se avançar de uma forma integradora para o desenvolvimento do país”, sustentou.

Durante a visa iniciada ontem na última segunda-feira no país, para além de orientar uma palestra destinada a Académicos e Sociedade Civil, o vice-presidente do Banco Mundial tem agendando encontros de trabalho com membros do Governo e doadores. A sua visita termina na próxima quinta-feira.