Economia Governo desapontado com Companhia do Búzi

Governo desapontado com Companhia do Búzi

Os constantes adiamentos do arranque da fábrica de açúcar da então Companhia do Búzi, no distrito do mesmo nome, em Sofala, inactiva desde 1994 por obsolência do equipamento é motivo do descontentamento generalizado do Governo e da população local, numa altura em que o índice de desemprego atingiu uma situação deveras preocupante.
Governo desapontado com Companhia do Búzi

Numa visita de trabalho que efectuou há dias àquela unidade fabril, o governador de Sofala, Félix Paulo, mostrou-se visivelmente agastado com a situação e chegou mesmo a interromper sua escala as referidas instalações, sobretudo pela ausência do respectivo Presidente do Conselho de Administração, por motivos julgados meramente infundados.

“Eu, como governador desta província de Sofala, não devo interagir com terceiros desta fábrica, enquanto toda a população se mostra profundamente preocupada com a paralisação desta unidade industrial” – desabafou.

Consubstanciou também que o prazo fixado para Junho deste ano foi cumprido e até hoje não há perspectivas do arranque das actividades. O governador considerou aquela atitude como uma brincadeira de mau gosto e o dito por não dito.

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Durante a visita que durou aproximadamente dez minutos, o governador de Sofala circulou pelas instalações da antiga Companhia do Búzi, cuja fábrica chegou a empregar no período de pico mais de nove mil trabalhadores entre efectivos e sazonais.

Este referiu que em relação aos prazos não cumpridos, o Governo pode tomar qualquer decisão, “senão estamos a atirar areia na cara dos outros”. Como não se bastasse, realçou, este assunto é sério e o PCA não está aqui. “Queremos o dono da empresa e não podemos falar com intermediários” – fundamentou.

Dados facultados na altura pelo representante da Galpbúzi, João Gomes, indicam que a direcção máxima daquela instituição está em constante contacto da busca de parceria para o arranque da fábrica até 2014, devendo montar nova unidade industrial numa zona já identificada, por elevada progressão da erosão do rio Búzi, afectando as actuais instalações.

Para o efeito, são necessários mais de 200 milhões de dólares norte-americanos, sendo que os investidores chineses são potenciais concorrentes.