O poço “Mamba Sul – 2” foi perfurado numa lâmina de água de 1918 metros, atingindo uma profundidade total de 4300metros, localizando-se a 50 quilómetros da costa da província de Cabo Delgado e a cerca de nove da descoberta “Mamba Sul – 1”, anunciada há dias.
A Eni explica ainda que o poço encontrou 60 metros de espessura de areias de idade oligoceno. A descoberta provou a existência de comunicação hidráulica com o da “Mamba Sul – 1”. O teste de produção do furo Mamba-1 permitiu estimar que este pode produzir 140 milhões de pés cúbicos por dia.
Enquanto isso, o segundo poço – “Coral – 2” – foi perfurado numa lâmina de água de 1950 metros, perfazendo uma profundidade de 4725 metros. O mesmo está localizado a cerca de 15 quilómetros do furo Coral 1 e a aproximadamente 50 quilómetros da costa de Cabo Delgado.
Neste momento, o consórcio liderado pela Eni e que integra a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), a Kogas e Galp está a planear um teste de produção nas descobertas efectuada na descoberta “Coral – 2”.
O referido plano de produção, poderá incluir, pelo menos, a perfuração de dois poços de avaliação – “Coral – 3” e “Mamba Sul – 3”, visando avaliar o potencial total das descobertas.
A bacia do Rovuma que abarca, para além de Cabo Delgado, uma parte da província de Nampula é a mais activa em termos de investimentos em actividades de prospecção de petróleo e gás. Actualmente é operada por quatro companhias, nomeadamente Eni, Anadarko, Statoil e Petronas.
Das empresas em actividade, apenas duas – a italiana, Eni, e a americana, Anadarko é que têm vindo a anunciar descobertas de gás, acreditando-se que a primeira possa ter as maiores reservas, embora a segunda tenha entrado já para a fase da reavaliação dos recursos.
A expectativa é de que a exploração comercial dos recursos descobertos possa começar em 2018, altura em que se acredita esteja concluída a primeira planta de processamento, a ser construída no distrito de Palma, na província de Cabo Delgado.
Em Cabo Delgado, as actividades de pesquisa decorrem também em terra, sendo visíveis sobretudo no distrito de Palma diversos acampamentos das empresas, as quais, na medida do possível, procuram empregar mão-de-obra moçambicana para trabalhos que não requerem grandes qualificações.