Ao abrigo do referido contrato com duração de 50 anos, os chineses irão construir infra-estruturas hidráulicas e implantar unidades de processamento de produtos agrícolas. O contrato prevê igualmente a transferência de tecnologia e treinamento na área agrícola, para além da produção e comercialização de sementes.
Outras acções como a formação de curta duração, troca de experiência nas áreas de irrigação, produção de cereais, processamento e apoio à produção através do parque de máquinas, bem como adopção de esquemas de produção por contrato, constitui parte das responsabilidades que cabem à Wambao Africa Agriculture Development, junto dos mais de 6.000 produtores locais.
Armando Ussivane, director do Regadio do Baixo Limpopo, falando durante aquele acto solene, disse que a materialização daquele objectivo traduzido pela assinatura do presente contrato, é o início da realização de um grande sonho, de ver em breve o Baixo Limpopo, finalmente transformado numa referência no país, na produção de alimentos em grande escala.
De acordo com Ussivane, doravante as atenções deverão estar viradas igualmente para a busca de alternativas face à redução drástica das áreas de pastagem para dar lugar à construção dos sistemas de regadio.
Por seu turno, Han Changi, um dos representantes da Wambao na China, disse ser importante honrar este grande passo nas relações entre todos os intervenientes, com muito trabalho, honestidade e vantagens mútuas.
“Prometemos muito trabalho em prol dos objectivos preconizados no contrato de exploração, numa perspectiva de ajudar o país a relançar a sua economia e, sobretudo, na produção de alimentos com qualidade e quantidade suficientes”, disse Changi.
Refira-se que vigora há pouco mais de cinco anos um acordo de gemelagem entre os governos das províncias de Gaza e de Hubei, da República Popular da China, virados para a consolidação de desenvolvimento entre as duas regiões.