Sociedade Trabalho Greve de pessoal de cabine na LAM: Reivindicações serão atendidas até Janeiro

Greve de pessoal de cabine na LAM: Reivindicações serão atendidas até Janeiro

As reivindicações dos cerca de 70 comissários e assistentes de bordo das Linhas Áreas de Moçambique (LAM), por detrás da greve geral de domingo, deverão ser atendidas a partir da próxima semana até Janeiro próximo.
Greve de pessoal de cabine na LAM: Reivindicações serão atendidas até Janeiro

O estabelecimento deste calendário constituiu o ponto mais alto das negociações que, iniciadas na sexta-feira continuaram durante a paralisação, tendo permitido que o Pessoal Navegante de Cabine aceitasse voltar a voar na manhã de ontem.

Dos pontos que dividiam as partes, a questão de seguro de vida vai ser clarificada este mês, enquanto as respostas das exigências dos subsídios começarão a ser dadas a partir de 15 de Dezembro. Os aumentos salariais e a revisão das carreiras profissionais fazem parte dos pontos estruturais que só terão resposta nos finais de Janeiro, de acordo com o entendimento alcançado ao meio da noite.

Representantes dos grevistas contactados pelo nosso Jornal disseram que o aumento salarial será apenas nos moldes possíveis e não nos desejados, mas tiveram que ceder uma vez que a empresa se mostrou incapaz de oferecer os valores reclamados, explicando que já tinha aprovado o orçamento referente a 2013.

Por sua vez, João Martins de Abreu, Administrador Técnico Operacional da LAM, disse que alguns pontos que ditaram a greve já tinham solução, mas o desconhecimento disso por parte dos grevistas conduziu ao extremar de posições.

Na conferência de Imprensa concedida ontem, o Administrador Abreu exibiu apólices de seguro dos tripulantes dos aviões da LAM válidos até Abril de 2013, assegurando que sem aqueles documentos a companhia jamais podia voar.

Quanto aos demais pontos, o responsável assegurou que se estabeleceu um calendário, cuja data mais distante é Janeiro do próximo ano, ou seja, até ao fim daquele mês todos os problemas terão sido respondidos.

Apesar da paralisação, De Abreu disse que a LAM, em parceria com a subsidiária MEX – Moçambique Expresso, realizou 21 voos no domingo, transportando cerca de 2200 passageiros.

Dos passageiros que ficaram em terra devido ao cancelamento do voo Maputo/Lichinga via Nampula e vice-versa, cerca de 40 foram alojados em hotéis, tendo os restantes voltado para seus locais de residência, segundo dados da LAM.

A paralisação geral de assistentes e comissários de bordo daquela companhia aérea nacional foi a primeira do género nos 32 da sua existência e acontece sete meses após a mudança de administração e dois dias depois da apresentação e baptismo de duas novas aeronaves para reforçar a frota da transportadora.