Economia Matola reclama impostos das grandes empresas

Matola reclama impostos das grandes empresas

Matola reclama impostos das grandes empresas

A Cidade da Matola, capital da província de Maputo é conhecida também como a capital industrial do País, por alojar as principais e maiores indústrias do país. Sucede porém que as empresas com indústrias na Matola e outras áreas da província de Maputo, têm as suas sedes na cidade de Maputo e por incumbência da lei, é aqui onde pagam o imposto, deixando a Matola parca. Esta não é uma discussão nova, o edil da Matola, Arão Nhancale já reclamou esta situação, dizendo que a “sua” cidade não capta nada das indústrias que aloja. Agora é a Directora da Área Fiscal da Matola, Amélia Magaia, que veio falar do mesmo assunto.
A directora da Área Fiscal da Matola disse durante este ano, 99 empresas sedeadas na província de Maputo foram notificadas para passarem a pagar imposto na Unidade dos Grandes Contribuintes, onde pagam impostos aquelas empresas que o seu volume de negócio considera-se elevado.

A direcção da área fiscal da Matola inclui os pontos de cobrança da Machava, Namaacha e Ponta de Ouro. Segundo Amélia Magaia, esta situação de pagar na Unidade dos Grandes Contribuintes, faz com que algumas receitas que deviam ser da província de Maputo, passem para cidade de Maputo.

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“Por imperativo da lei, os impostos são entregues nas sedes sociais das empresas. As grandes firmas segundo o volume de venda, também passam a pagar na Unidade dos Grandes Contribuinte”, disse.
Citando alguns exemplos, disse que as empresas Coca-Cola, Petromoc e Cimentos de Moçambique, exploram na província de Maputo, mas as suas sedes sociais estão na cidade Maputo e é aqui onde pagam impostos.

“Este ano foram notificadas 99 empresas (para pagar na Unidade dos Grandes Contribuintes). Por facto de nove terem aceitado o convite, o dinheiro que deveria entrar nos cofres da província, passou para a cidade. Também temos outra situação que importa referir. Os postos de cobrança de Ponta de Ouro e Marracuene em termos de arrecadação de receitas pertencem a cidade de Maputo, mas fisicamente estão na província”, disse Amélia Magaia.

De acordo com Amélia Magaia, a província de Maputo tem mais receitas do que está a receber. “Nós não estamos a reclamar o dinheiro vivo. O dinheiro que vá à cidade de Maputo, mas o lançamento seja feito na província”, disse.