“Há uma preocupação do Estado moçambicano com a venda de medicamentos nos mercados informais. A venda informal de fármacos é intolerável”, disse à “Lusa” Agostinho Rututo, procurador-chefe provincial de Manica, durante uma visita aos mercados.
Em vários mercados informais de Chimoio, sobretudo no ‘Feira’ e no ‘38 milímetros’, os fármacos são comercializados debaixo de sol, poeira ou chuva e sem nenhuma regra higiénica básica.
O negócio assenta em medicamentos desviados do circuito oficial para aqueles mercados paralelos, envolvendo trabalhadores da saúde e das farmácias públicas de Chimoio, e é assegurado por jovens que, algumas vezes, quando se trata de fármacos raros, actuam com uma discrição idêntica à da venda de drogas.
“Hoje vamos ao hospital e não há medicamentos, mas o Governo adquire os fármacos e desaparecem para ser colocados no mercado negro. Vemos venda de medicamentos ao lado de pneus e graxa a temperaturas não recomendadas. Quem tolera a venda de medicamentos no informal”?, questionou Rututo, falando para gestores dos mercados e vendedores numa reunião que precedeu à visita.