Cerca de 100 mil casas foram severamente danificadas em consequência de chuvas torrenciais e inundações que assolaram cinco estados no centro do México, resultando em 64 mortes e 65 desaparecidos, conforme informou a Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.
A governante revelou que foi criado um “orçamento de emergência” no valor de 19 mil milhões de pesos, o equivalente a cerca de 900 milhões de euros, dos quais 3 mil milhões de pesos (aproximadamente 140 milhões de euros) já foram destinados aos danos provocados pelo furacão Eric nos estados de Guerrero e Oaxaca.
“Ontem (domingo), estimámos que 100 mil casas poderão ser afectadas nos cinco estados do país, nomeadamente Veracruz, Puebla, Hidalgo, San Luis Potosí e Querétaro. Este número é totalmente preliminar; só após a conclusão do censo poderemos fornecer um dado final”, explicou Sheinbaum.
A Presidente também destacou que essa estimativa se baseia no número de residências em cada município afectado, garantindo que haverá apoio em todos os casos.
Em resposta às críticas da oposição, que alegaram que tanto o Governo federal como os estaduais e municipais não estavam preparados para lidar com a emergência e que a eliminação do Fundo Nacional para Desastres Naturais (Fonden) foi um erro, Sheinbaum enfatizou que, apesar da extinção do fundo, existe uma dotação orçamental para emergências.
“Há recursos suficientes. Não se poupará nada em tudo o que está relacionado com a emergência, pois ainda estamos nesse período”, assegurou.
Após a realização do censo, a Presidente prometeu que haverá um apoio inicial, seguido de uma assistência mais robusta às famílias afectadas. “Os censos estão a ser realizados para fornecer habitação a muitas pessoas que tinham as suas casas nas margens dos rios, as quais não podem ser reocupadas devido ao risco”, acrescentou, prevendo realojamentos para essas famílias.
Claudia Sheinbaum refutou ainda que o seu Governo esteja a utilizar o apoio à população para fins eleitorais, esclarecendo que não existe nenhuma restrição à assistência privada, sendo necessária uma organização e coordenação centralizada pelo Ministério da Defesa.
Desde 10 de outubro, o Governo mexicano tem promovido reuniões de emergência contínuas em colaboração com os governos estaduais, tendo como objetivo a gestão eficiente da crise causada pelas inundações.